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Dilma Rousseff durante julgamento na ditadura militar. — Foto: Reprodução
Por Redação CBN
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania concedeu o status de anistiada política a ex-presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (22) por violações que sofreu durante a ditadura militar.
Além disso, a ex-chefe do executivo receberá uma indenização de R$ 100 mil paga de forma única, que é o máximo permitido. A comissão ainda decidiu por um pedido de desculpas pelo estado brasileiro por todas as ações e torturas durante o período ditatorial.
A ex-chefe do Executivo brasileiro foi presa em 1970, aos 22 anos, em virtude da atuação numa organização de resistência ao regime. Na cadeia, Dilma foi submetida a sessões de tortura. Segundo a defesa, ela foi impedida de retomar os estudos na Universidade Federal de Minas Gerais no curso de Economia em 1969, e pressionada a deixar um cargo público no Rio Grande do Sul por determinação do Serviço Nacional de Informações, em 1977.
A decisão foi unânime de todos os outros conselheiros, que seguiram a decisão do relator Rodrigo Lentz.
'A cada transferência, eram novas torturas e sempre pelos mesmos fatos investigados. Foi condenada à prisão e teve direitos políticos cassados. Foi libertada depois de 13 anos. Teve que prestar novo vestibular e sendo obrigada a cursar novamente todas as disciplinas. Atrasou a sua formação como economista', disse o relator Rodrigo Lentz durante a leitura.
'A anistia de 1988 é um instrumento de reconstrução democrática e reconhecimento do sofrimento político como violência de Estado. Jamais poderá ser confundida com impunidade a conspirações autoritárias contra o regime democrático', completou.