sexta-feira, março 01, 2024

Com crescimento de 2,9%, Brasil volta ao grupo das 10 maiores economias globais

Em valores nominais, PIB brasileiro atingiu R$ 10,9 trilhões em 2023; na imagem, bandeira do Brasil...

Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% no ano passado, o Brasil voltou ao grupo das dez maiores economias globais. Segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, considerando o PIB em valores ainda preliminares, a economia brasileira somou US$ 2,1 trilhões. É a nona maior do planeta.


Os Estados Unidos lideram o ranking, com PIB de US$ 26 trilhões, seguidos de China (US$ 17 trilhões) e Alemanha (US$ 4,4 trilhões).

No ano passado, pelo mesmo critério de PIB corrente, o Brasil havia ficado na 11ª posição, com PIB de US$ 1,9 trilhão, de acordo com a Austin Rating. Em 2021, o país apareceu na 12ª posição, com a economia produzindo US$ 1,6 trilhão.

Nos dois anos anteriores, os Estados Unidos e a China apareceram nas mesmas posições: 1º e 2º lugar, respectivamente.

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2022, o Brasil era a 11ª maior economia global, com um PIB de US$ 1,9 trilhão.

No ano anterior, 2021, a economia brasileira era a 12ª maior do planeta, ainda segundo dados do FMI, mesma posição de 2020. Em 2018 e 2019, o Brasil tinha o nono maior PIB global - mesma posição atual.

Os dados consideram os valores correntes do PIB em dólares. Mas, por outro critério, que é o PIB por paridade de poder de compra - que leva em consideração não apenas a conversão do câmbio mas também as diferenças do custo de vida em cada país, ou seja, o que é possível comprar de bens com uma determinada quantidade de dinheiro - o Brasil era a 8ª maior economia do planeta em 2022.

E, segundo as mais recentes projeções do FMI, de outubro do ano passado, deve ter continuado nesta posição também em 2023.

Ritmo de expansão

Considerando a taxa de crescimento do PIB, o Brasil ficou em 14º lugar entre os que tiveram expansão mais acelerada, segundo ranking elaborado pela Austin com o desempenho de 54 países.

Na primeira posição, aparece a Mongólia com crescimento de 7,1% em 2023, seguida de Índia (6,7%) e Irã (6,4%). A China aparece na sexta posição, com avanço de 5,2%.

O Brasil ficou à frente da maior economia do mundo, os Estados Unidos, que apresentou crescimento de 2,5% no passado, na 17ª posição, e de países desenvolvidos como Espanha (crescimento de 2,4% e 20º lugar no ranking) e Portugal (2,3% de crescimento e 21º lugar no ranking).

Entre os latino-americanos, o México superou o Brasil com expansão da economia de 3,4%, ficando na 12ª posição.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, observa que o crescimento de 2023 veio dentro de uma banda esperada pela consultoria — algo entre 2,8% e 3%.

Ele lembrou que o ano passado começou com uma expectativa de crescimento da economia de menos de 1%, mas com a melhora do cenário interno e o desempenho espetacular do agro, a trajetória de crescimento subiu.

— O agro foi o ponto fora da curva com crescimento de 15,1%. A última vez que o setor tinha se expandido tanto foi em 2017, com alta de 14,2% com o boom de commodities pelo mundo.

Para este ano, já se vê perda de fôlego da economia, diz Agostini, especialmente com o enfraquecimento dos investimentos — que voltou aos patamares de 2020.

— O cenário doméstico está mais desafiador, com destaque para o ambiente fiscal. Mas o país tem indicadores positivos como contas externas em ordem, juros em queda, volume de crédito crescente, Bolsa batendo recordes. Por isso, os investidores acreditam que há algo de positivo no país — afirma.

As dez maiores economias de 2023 pelo PIB corrente

(em trilhões de dólares)

EUA: 26,9
China: 17,7
Alemanha: 4,4
Japão: 4,2
Índia: 3,7
Reino Unido: 3,3
França: 3,0
Itaília: 2,18
BRASIL: 2,17
Canadá: 2,11

Veja o ranking de crescimento de 2023

1) Mongólia: 7,1%
2) Índia: 6,7%
3) Irã: 6,4%
4) Malta: 5,6
5) Filipinas: 5,6%
6) China: 5,2%
7) Indonésia: 5%
8) Vietnã: 5%
9) Turquia: 4,5%
10) Islândia: 4,2%
14) BRASIL: 2,9%

Fonte: Austin Rating

Por João Sorima Neto — São Paulo/O GLOBO

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