quinta-feira, janeiro 11, 2024

Empresa chinesa de carros elétricos dobra previsão de empregos da fábrica na Bahia


A direção da BYD decidiu dobrar o volume de empregos previstos para a primeira fase da fábrica na Bahia, de 5 mil para 10 mil vagas.

Segundo o diretor institucional da BYD, Marcelo Schneider, a decisão foi tomada com vistas a acelerar ao máximo o início de produção de veículos na unidade, previsto para o período entre o fim de 2024 e início de 2025.

O executivo anunciou o novo plano durante o Brazil China Meeting — uma iniciativa LIDE e Valor, com apoio institucional do GLOBO e CBN. O fórum de debates envolve empresas e autoridades dos dois países e é realizado no Mandarin Oriental Hotel, em Shenzhen, no Sudeste da China.

A primeira fase do investimento para a instalação da fábrica na Bahia soma R$ 3 bilhões para uma capacidade de produção de 150 mil veículos por ano. Posteriormente, a capacidade instalada aumentará para 300 mil unidades.

A decisão de antecipar a abertura de vagas de trabalho, segundo Schneider, foi, em parte, tomada depois que o governo brasileiro anunciou a retomada do Imposto de Importação em carros 100% elétricos, suspensa desde 2016, e a elevação do tributo para os híbridos.

O cronograma de início da produção está inicialmente mantido para acontecer entre o fim de 2024 e início de 2025. Schneider não nega eventual antecipação de datas.

Ao participar do painel “Indústria automobilística: Como as marcas chinesas podem transformar o mercado de veículos no Brasil e no mundo”, Schneider disse que, em fevereiro, a companhia chinesa iniciará os estudos das obras de expansão da fábrica instalada em Camaçari (BA). “Vai ser uma nova fábrica”, disse.

A fábrica de Camaçari pertencia à Ford. Mas o governo da Bahia retomou a posse do terreno para repassá-lo à BYD.

O executivo também confirmou para fevereiro o lançamento do Dolphin mini, uma versão mais compacta e mais barata do modelo que ganhou destaque no mercado brasileiro ao se tornar o carro 100% elétrico mais barato do Brasil. O modelo custa R$ 149,9 mil.

No mesmo painel do Brazil China Meeting, a diretora da divisão americana de vendas da BYD, Jolin Zhang, apresentou dados sobre a ascensão da companhia. Em 2023, a receita alcançou US$ 61,7 bilhões, 56% acima do total obtido em 2022.

Com 700 mil funcionários, a empresa que, além de automóveis e ônibus também produz baterias, painéis de energia fotovoltaicos e monotrilhos, conta hoje com 90 mil engenheiros. “Chegaremos a 100 mil este ano”, disse Zhang.

Com fábrica de ônibus em Campinas (SP) desde 2012, a BYD é uma das participantes do programa do município de São Paulo que prevê a inclusão de veículos elétricos na frota de transporte público.

Com informações do GLOBO.

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