terça-feira, novembro 07, 2023

Alunas de escola particular aparecem nuas em montagem de fotos e polícia de Pernambuco investiga caso

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atos Infracionais (Depai), que é ligado ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) (Foto: Arquivo)


A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) instaurou um inquérito para investigar uma denúncia coletiva feita por alunas de uma escola privada do Recife que afirmam terem sido vítimas de montagens de imagens em que aparecem nuas.

O caso foi confirmado pela corporação nesta terça (7). A investigação está sob a responsabilidade do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

A polícia não informou o nome instituição de ensino envolvida no caso. No entanto, a reportagem do Diario de Pernambuco apurou que se trata do Colégio Marista São Luís, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife.

A polícia chegou até o caso após um grupo de 40 alunas, todas com idades entre 13 e 15 anos, denunciarem que estão sendo vítimas da adulteração de fotos que fazem ligação com conteúdos pornográficos e de nudez.

A Delegacia de Atos Infracionais (Depai), no bairro da Boa Vista, na área Central do Recife, iniciou as investigações.

Segundo a assessoria de imprensa da PCPE, “nenhuma informação adicional poderá ser repassada para não comprometer as investigações em andamento”.

De acordo com informações extraoficiais, as imagens falsas das vítimas estariam circulando em um grupo do aplicativo de mensagens WhatsApp.

Ainda segundo essas informações, fotos com rostos das vítimas foram montadas, a partir da imagem de outra pessoa sem roupa.
Assim, os suspeitos passaram a expor essas alunas com imagens fraudulentas.

Embora a polícia não confirme, informações preliminares dão conta que quatro alunos da própria instituição poderiam ser os responsáveis por fazer a montagem.

Os pais desses meninos devem ser convocados para prestarem depoimento à polícia.

O que diz a escola

Nesta terça, ao ser procurada pela reportagem do Diario, a direção do colégio por meio de sua assessoria de imprensa disse que somente se pronunciaria por nota.


No texto enviado à redação, o colégio disse que orientou e prestou atendimento às famílias das vítimas, alunas que tiveram a imagem manipulada por aplicativo de inteligência artificial, tão logo soube do fato nesta segunda (6).

Além disso, a instituição informou que “a equipe do colégio acompanhou os familiares para registrar queixa na Delegacia de Apuração de Atos Infracionais - DEPAI e também fez denúncia no Conselho Tutelar”.

Ainda segundo a nota, o colégio lamentou o fato e diz ser solidário com as vítimas e que está prestando apóio necessário.

“A Instituição reitera o compromisso em apurar o ocorrido internamente e aplicar rigorosamente as sanções disciplinares previstas no regimento escolar. Paralelamente, irá auxiliar nas investigações policiais. O Marista ressalta que investe ao longo do ano letivo em campanhas de esclarecimento sobre o uso de redes sociais e ferramentas de inteligência artificial, além de prevenção ao Bullying e CiberBullying, incluindo a presença de especialistas no assunto para abordar o tema com a comunidade educativa”, disse o Marista em nota.

A assessoria de imprensa do colégio também informou que houve uma reunião da diretoria com pais de alunos para tratar do assunto. No entanto, detalhes do encontro não seriam revelados.

Por Diário de Pernambuco

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