quarta-feira, outubro 20, 2021

No Ceará, Jair Bolsonaro diz que CPI da Covid só trouxe "ódio e rancor" - Vídeo

Presidente esteve em Russas [CE] para lançamento do programa Jornada das Águas
Foto: Kid Júnior

No mesmo dia em que teve o nome sugerido na lista dos 66 indiciados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a investigação no Senado sobre a condução do governo federal na pandemia do coronavírus. O chefe do Executivo afirmou que a CPI provocou "ódio e o rancor" e não trouxe desfechos positivos.

A declaração de Bolsonaro ocorreu na manhã desta quarta-feira (20), em Russas, no Ceará, durante o lançamento do programa Jornada das Águas, um pacote de obras hídricas com investimentos de R$ 600 milhões.

"Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para o nosso Brasil. Tomaram o tempo de nosso ministro da Saúde, de servidores, de pessoas humildes e de empresários, nada produziram a não ser o ódio e o rancor entre alguns de nós. Mas, nós sabemos que não temos culpa de absolutamente nada, sabemos que fizemos a coisa certa desde o primeiro momento".


Enquanto discursava sobre o assunto, apoiadores políticos presentes na solenidade gritaram ofensas contra o relator da CPI, Renan Calheiros, o chamando de "vagabundo". Bolsonaro fez uma pausa e respondeu: "A voz do povo é a voz de Deus".
 
'FAZENDO A COISA CERTA'

Bolsonaro fez uma autoavaliação das políticas públicas direcionadas ao enfrentamento da crise sanitária e disse "ter certeza de estar fazendo a coisa certa", apesar dos crimes de homicídio e genocídio aos quais ele é apontado na CPI da Covid.

"Sabemos que não temos culpa de abolsutamente nada. Sabemos que fizemos a coisa certa desde o primeiro momento", afirmou.

O presidente voltou a citar o Kit Covid, sem eficácia científica contra a doença pandêmica, mas defendido por ele como tratamento precoce. Ele lembrou que quando não havia solução para conter os sintomas da Covid-19, antes mesmo da produção da vacina, teve "coragem" de indicar uma "possível solução" através do uso de ivermectina e hidroxicloroquina a critério de cada médico.

"Dizer a vocês que no nomento que ninguém sabia como tratar aquela doença, eu tive a coragem de me apresentar depois de ter ouvido muito gente, em especial médicos, me apresentar para um possível solução calcada na autonomia do médico brasileiro. Muitos se salvaram em função disso".

Por Diário do Nordeste

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