“Se ele está pesquisando para comprar, o conselho é que, nos próximos dois anos, reveja essa opção. É um período de inflação [mais elevada] e o contrato, além dos juros, é corrigido pela TR (Taxa Referencial). Com a previsão de inflação neste ano e no início do próximo, vai subir muito os contratos”, disse Tardin. Com os contratos pesando mais no bolso do trabalhador, avalia, um outro problema é o risco do comprador ter que devolver o imóvel uma vez que terá dificuldade de pagar as prestações. “Se ele já está devendo e contrair está nova dívida terá dificuldade de pagar também as prestações da casa própria.
O representante do Ibedec aconselha que no caso da pessoa que já escolheu o imóvel, por exemplo, não comprometa mais de 20% da renda. “A lei permite 30%, mas se ele comprometer 20% terá condições de passar por esse momento de forma mais tranquila. Ele pode, também, dar uma entrada maior fazendo uma poupança antes ou comprar um imóvel de menor valor, desde que a prestação se encaixe em 20% do orçamento”, destacou Tardin.