quarta-feira, agosto 07, 2019

Preço do gás de cozinha vai depender do mercado


A partir de agora, os reajustes nos preços do GLP (gás de cozinha) passam a ser realizados sem periodicidade definida, como ocorre com a gasolina e o diesel. É que a Petrobras anunciou mudança na política de preços do produto, que passa a adotar como referência o preço de paridade de importação. Assim, segundo a companhia, o reajuste será de acordo com as condições de mercado e da análise dos ambientes interno e externo. Anteriormente, os anúncios do reajuste eram trimestrais. 

Na revisão da política, a Petrobras aprovou revisão dos preços do GLP de uso residencial, comercializado para envase em botijões de até 13 kg, incluindo botijões de menor capacidade como, por exemplo, de 5 kg e 8 kg que já atendem à demanda por menores volumes. “Os preços praticados pela companhia passarão a adotar como referência o preço de paridade de importação (PPI), similar ao do GLP industrial/comercial, que inclui o preço do GLP no mercado internacional (Golfo do México, por exemplo) acrescido dos custos do frete marítimo, despesas internas de transporte, e uma margem para remuneração dos riscos da operação”, posicionou-se a companhia.


Antes, o mecanismo de compensação previsto na política divulgada em janeiro de 2018 para o preço do botijão de gás de cozinha de até 13 kg considerava a média móvel de cotações dos últimos 12 meses. Nesta terça-feira (6), a companhia anunciou reajustes nos preços do GLP de uso industrial e do P13, passando a valer respectivamente R$ 1.953,10/ton e R$ 1.853,70/ton. Esses valores representam uma redução média de 13,3% no preço do GLP industrial e de 8% no preço dos envasados até 13 kg.

À imprensa, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio de Mello, disse que a notícia é boa, porque o preço baixou. Ainda segundo ele, é possível o preço cair mais. E, para complementar, Mello afirmou que “não faz sentido o comércio e a indústria subsidiarem o botijão de 13 kg, pois quem tem que subsidiar é o governo. A iniciativa privada não pode ficar com esse ônus”.

Já para o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo no Estado de Pernambuco (Sinregas-PE), Ailton Júnior, a nova política se torna imprevisível. “Agora não temos como determinar, pois pode aumentar ou diminuir, sem uma previsão, pois depende de fatores externos. Antes a gente sabia que era trimestral”, disse Júnior.

Por: Da Redação do Folha com Agências

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