Carro de som é flagrado anunciando atestados médicos em BH — Foto: Reprodução/Redes sociais
Por Leonardo Milagres, Rodolfo Morais, g1 Minas — Belo Horizonte
Quem mora em Minas Gerais já se acostumou com os carros de som vendendo ovos, frutas, vassouras e outros produtos pelas ruas. Mas, nos últimos dias, um anúncio atípico surpreendeu moradores de Belo Horizonte e chamou atenção da polícia: atestados médicos de três dias.
"Olha o carro do atestado batendo na sua porta. Dor no joelho, dor na coluna: R$ 50, por três dias de atestado", divulgou o alto-falante.
A cena inusitada foi gravada pelo empresário Felipe Rodrigo da Costa Oliveira, de 37 anos, na última quarta-feira (30). Ao g1, ele contou que flagrou o veículo transitando pela Avenida Magenta, no bairro Vitória, na Região Nordeste da capital mineira (veja vídeo acima).
"Eu tive que ir à farmácia com minha esposa, estava até com o pé machucado. Eu fui manobrar, vi que passou o carro e escutei. Eu falei com a minha esposa: — Tem um cara anunciando atestado. Quando pensa que não, passou em frente a um espetinho e anunciou de novo: — Artrite, artrose, R$ 50. Aí eu peguei o celular e comecei a gravar", disse Felipe.
Ele seguiu o carro por alguns metros antes de encerrar a gravação. Ao ser publicado nas redes sociais, o vídeo viralizou, e outras pessoas relataram que também ouviram o anúncio.
"Eu até brinquei no início do vídeo: — Gente, só no meu bairro mesmo... Carro do atestado, escuta aí! Quando postei, dois amigos meus me mandaram mensagem falando que não estavam doidos, porque também escutaram", completou.
Ainda não se sabe se o alto-falante estava realmente divulgando a venda de atestados médicos falsos ou se tudo não passou de uma brincadeira. Mesmo assim, a Polícia Civil de Minas Gerais informou, nesta quarta-feira (7), que investiga o caso.
"A PCMG ressalta que está apurando os fatos com o devido rigor, a fim de identificar os envolvidos e esclarecer as circunstâncias da ocorrência. Informações adicionais serão divulgadas à medida que o inquérito policial avançar", afirmou a instituição.
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