sexta-feira, janeiro 03, 2014

Barreiras-BA: Mulher morre intoxicada por alisante de cabelo


Uma mulher morreu na madrugada desta sexta-feira (3), em Barreiras, em um hospital da cidade, depois de ser internada com sintomas de intoxicação. A família de Maria Cleide Lopes da Silva, de 36 anos, suspeita que a mulher tenha passado mal depois de usar um produto para alisar o cabelo.

De acordo com o delegado titular de Barreiras, Francisco de Sá, a aplicação do produto foi feita pela própria Maria Cleide, que começou a ter reações alérgicas logo em seguida.

"Ela foi internada com edema na cabeça, no rosto e couro cabeludo", relata o delegado. "O relatório médico do óbito apontou como causa da morte, intoxicação", completa.

A irmã de Maria Cleide, Marineide Lopes, disse que ela costumava usar o produto há quase dez anos e nunca havia tido nenhuma reação alérgica. O produto alisante é da linha Salon Line que usa guanidina como ingrediente ativador. O marido de Maria Cleide, que é cabeleireiro, teria pedido à esposa que usasse o produto com cuidado.

Segundo Marineide, quando as reações alérgicas começaram a irmã foi para uma Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas da cidade. Como a irritação continuou ela deu entrada no Hospital do Oeste (HO). "No HO ela foi medicada e mandaram ela para casa, mas ela continuou passando mal", relata Marineide. Só então Maria Cleide foi para o Hospital Eurico Dutra, onde faleceu.

A Vigilância Sanitária da cidade realizou vistorias na casa de Maria Cleide e no salão do marido dela para verificar se existia algum produto potencializador dos efeitos do alisante que pudesse ter causado as reações na mulher. No entanto, nada foi encontrado. O pote utilizado por Maria Cleide foi apreendido e vai passar por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Barreiras. O DPT realizou também a necrópsia no corpo da mulher para descobrir o real motivo da intoxicação.

A Vigilância Sanitária de Barreiras está recolhendo também as unidades do produto nos mercados da cidade para análise e notificou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o objetivo de que uma vistoria seja relaizada na fábrica do alisante, a fim de verificar possíveis produtos tóxicos.

"Também entramos em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa para pedir orientações sobre quais procedimentos utilizar, mas eles dizem que vão passar para um técnico, que nunca atende", informa o Márcio Pitta, diretor da Vigilância Sanitária de Barreiras. O corpo de Maria Cleide foi liberado do DPT no meio da tarde desta sexta-feira.

Correio da Bahia

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