sexta-feira, abril 28, 2017

Em defesa das reformas, vice-governador de PE Raul Henry recorre a números


No Estado de Pernambuco, o PMDB do presidente Michel Temer é comandado pelo vice-governador Raul Henry. Quando o assunto são as reformas a serem implementadas pelo Governo Federal, o dirigente, há algum tempo, tem posição definida e irredutível. Guarda consigo números sobre o assunto. "Como é que pode ser funcional uma lei em um País que tem 2% da força de trabalho do mundo e mais causas trabalhistas do que os outros 98%?", indaga. E emenda em outro questionamento: "Por que não se observa a experiência dos países que, hoje, são desenvolvidos? Por que não se observa o que fez quem deu certo na vida, formas de estimular o trabalhador, mas dar, a ele, liberdade de escolher a forma como ele quer trabalhar?". Em evento recente do LIDE Pernambuco, ele integrava a mesa ao lado do secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, quando ouviu o convidado justificar que não teria como fazer uma apresentação, conforme pretendia, para relatar todos os fundamentos da Reforma da Previdência, porque, para isso, precisaria de 35 slides. Quando Mansueto pausou o discurso, Raul virou-se para ele e observou: "Você vai apresentar 35 slides e o PT vai lhe responder com uma única palavra de ordem, que é: ´Nem um direito a menos´". O peemedebista avalia tal debate como "irracional".
E justifica: "Você relata um conjunto de evidências, com base em números, e vai ser enfrentado com uma palavra de ordem que tem apelo de comunicação". De volta aos números, Raul lista alguns: "O Brasil teve rombo de R$ 56 bi em 2014, R$ 85 bi em 2015 e R$ 150 bi em 2016. A estimativa, para este ano, é próxima de R$ 200 bilhões. Como pode um sistema desse se sustentar?". Uma campanha ampla em mídias diversas seria essencial para esclarecer melhor à população, que vai às ruas, hoje, protestar contra as duas reformas na Greve Geral. E tal esclarecimento não foi providenciado pelo Planalto, o que deu motivos, ao senador Renan Calheiros, ontem, para afirmar: "Não é normal que o presidente da República deixe de falar e empurre goela abaixo dos trabalhadores uma retirada de direitos".

Hora de dar tchau
Como a coluna cantou a pedra, o deputado federal Cadoca acabou expulso, ontem, pelo PDT, um dia após votar a favor da Reforma Trabalhista. A surpresa foi a rapidez com que isso ocorreu, em rito sumário. Wolney Queiroz recebeu um telefonema, ontem, por volta das 9h30, do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.

Minutos depois > Ao dirigente estadual, Lupi avisou que tomaria decisão em relação a Cadoca. Às 10h10, outro telefonema dava conta, a Wolney, que o deputado já havia sido expulso e Lupi anunciou isso via nota. Cadoca respondeu da mesma forma: por nota. Wolney e Cadoca voltaram, ao Recife, no mesmo voo.

Raio-x > Depois das primeiras visitas do Pernambuco de Verdade, ao Sertão e Agreste, a Oposição já listou 40 pedidos de informação sobre os problemas encontrados para encaminhar ao Governo do Estado a partir da próxima semana.

Casa Alta > Depois de comandar reunião em um hotel em Boa Viagem, o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, fez visita de cortesia ao governador Paulo Câmara. Ainda no encontro, sugeriu que o partido tivesse candidatura ao Senado, sem citar nomes. Nas coxias, o mais cotado foi o ex-deputado Manoel Ferreira.

Folha de Pernambuco

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