segunda-feira, junho 14, 2021

Especialista explica diferença entre Sinusite e Rinite

Dra. Kaline Borba alerta que doenças podem aumentar em épocas frias devido à baixa umidade relativa do ar (Foto: Divulgação)

O inverno, além de época mais fria, é também o período mais seco do ano, onde a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 30% - bem menos que os 50% considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o mínimo ideal para a saúde humana. Estes fatores, somados a ácaros presentes nos ambientes que frequentamos desencadeiam problemas respiratórios, sobretudo a temida rinite alérgica.

De acordo com a otorrinolaringologista do Núcleo de Rinite do Hope, Dra. Kaline Borba, a Rinite é uma inflamação da mucosa nasal caracterizada por sintomas como obstrução nasal, rinorreia, espirros, prurido nasal e hiposmia. “A rinite tem sintomas parecidos com os da sinusite, mas as duas doenças não devem ser confundidas. Ambas provocam, entre outras coisas, nariz obstruído, coriza, espirros, desconforto na face. O que diferencia a sinusite da rinite é que a rinite é desencadeada pela exposição aos alérgenos e a sinusite causada pela inflamação de vírus e bactérias”, explica

A Rinite nada mais é que do que uma doença crônica com alta prevalência com predomínio dos ácaros do pó domiciliar como os principais agentes etiológicos. Seu diagnóstico e tratamento são importantes, pois ela causa impactos na vida diária como sono, produtividade na escola e absenteísmo no trabalho. É o caso do engenheiro civil, Ítalo Cavalcanti, que sofria de Rinite o tempo todo, chegando a ter um episódio de Sinusite aguda com complicação periorbital. “Estava sempre com o nariz obstruído, com secreção e tinha muita coceira nasal e ocular. Tenho uma alteração na córnea que foi sequela de tanto coçar meu olho”, relata.

Nas crianças, as doenças nasais podem apresentar sangramentos relacionados à fragilidade da mucosa, espirros ou ao ato de assoar o nariz vigorosamente. O prurido ocular – o esfregar dos olhos -, hiperemia conjuntival e lacrimejamento caracterizam a Rinoconjuntivite alérgica. Quando a congestão nasal é intensa, pode interferir com a aeração e com a drenagem dos seios paranasais e da tuba auditiva, resultando em cefaleia ou otalgia, com queixas de diminuição da acuidade auditiva. A Respiração oral e roncos também podem ocorrer.

Para identificar as causas, o exame do nariz pelo otorrino avalia também a possibilidade de Overlap estrutural. Alterações como desvio de septo, aumento dos cornetos, deficiência de válvula nasal, poliposes e adenóide podem gerar obstrução nasal piorando a qualidade de respiração dos alérgicos. Ainda de acordo com a Dra. Kaline, os testes alérgicos tem como objetivo confirmar a suspeita de alergia, identificar agressores e determinar o grau de sensitividade. Com o exame clínico e teste alérgico, o diagnóstico é mais preciso e, consequentemente, o tratamento se torna individualizado e com maior chance de controle dos sintomas.

“No Núcleo de Rinite do HOPE, avaliamos o paciente com sintomas alérgicos desde a parte estrutural do nariz até a identificação dos alérgenos causadores. Para o teste alérgico, a equipe utiliza o Multi-Test® PC, um teste rápido e indolor realizado no antebraço do paciente”, explica.

SERVIÇO:
Núcleo de Rinite
Endereço: Hospital Hope – Rua Francisco Alves, 887, Ilha do Leite
Instagram: @nucleoderinite

Por Patrícia França

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