Foram resgatados pássaros das espécies pintor-verdadeiro, galo-de-campina ou cardeal do Nordeste, periquito-rei, sanhaçu, sabiá-laranjeira, patativa, papa-capim, papa-capim-coleiro ou coleirinho, sibito, Estêvão-da-bahia, guriatã e chorão (Fotos: Divulgação CPRH)
A equipe do Setor de Fiscalização Florestal da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) resgatou 32 pássaros silvestres que estavam presos em gaiolas em uma serraria e em residências, no distrito de Campos Frios, município de Xexéu, região da Mata Sul do Estado. O pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), endêmico da região Nordeste, foi um dos pássaros resgatados pela equipe da CPRH. O pássaro figura na lista nacional de espécies ameaçadas de extinção, divulgada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
“Fomos atender a uma denúncia de serraria que funcionava irregularmente e acabamos resgatando também esses pássaros, não só na própria serraria, mas nas residências do entorno. Esses pássaros serão avaliados pela equipe do Setor de Fauna e, estando em condição de soltura, serão devolvidos para a natureza. Caso contrário, passarão por um período de reabilitação”, explicou o Técnico Ambiental do setor de Fiscalização Florestal, Iran Vasconcelos. Além dos pássaros da fauna local, a equipe resgatou um papa-capim coleiro (Sporophila Caerulescens), também conhecido como coleirinho, assim chamados por apresentarem um inconfundível “colar” branco e negro.
A equipe ainda encontrou, em uma serraria da região, oito pássaros silvestres presos, seis toras de árvores nativas da Mata Atlântica, como sucupira e murici. “Apreendemos 8 motores e 3 mancais. O proprietário da serraria fugiu, mas autuamos um funcionário do empreendimento que tentou escapar. Conseguimos alcançá-lo em uma área de mata”, explicou o chefe do setor de Fiscalização Florestal, Thiago Lima. Além da serraria irregular, o proprietário do empreendimento criava porcos em uma Área de Preservação Permanente (APP) que é protegida por lei, seja ela coberta ou não por vegetação nativa, sendo proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica. De acordo com Lima, a CPRH está tentando localizar o proprietário da serraria para aplicar a penalidade prevista em lei. “Ele será punido pelos crimes ambientais cometidos: manutenção de pocilga em área de APP, criação ilegal de pássaros silvestres, serraria funcionando sem o licenciamento ambiental e uso ilegal de madeira.