Ao avaliar como “fundamental” a ampliação da BR-232 até Arcoverde, no Sertão, o senador Armando Monteiro cobrou nesta sexta-feira (28) uma solução para os problemas legais envolvendo a rodovia e sua reforma imediata.
“A via está se deteriorando, o Governo Federal alega que há pendência no convênio, porque houve uma delegação a Pernambuco. Fala-se, e o Governo do Estado, mesmo com essa pendência, postulou uma renovação do Convênio até 2050, porque se discute a possibilidade, que é fundamental, de fazer a duplicação até Arcoverde”, disse Armando, durante entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, no Recife.
“A questão está aí colocada, o que fazer? Acho que tem que haver sim uma intervenção do Governo de Pernambuco urgentemente para requalificar essa via, sob pena dessa situação, que já é de deterioração, se agravar mais e mais”, acrescentou.
Ainda durante o debate, o senador defendeu a união de todas as lideranças de Pernambuco em favor da construção do Arco Metropolitano, para garantir que os investimentos em novas indústrias e a geração de empregos fiquem em Pernambuco e não “vazem para a Paraíba”.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista:
Problemas da BR-232
Armando Monteiro – “Decorridos sete anos e meio de Governo, essa questão da BR-232 continua num impasse porque houve problemas com a obra, o Estado não recebeu a obra, houve até uma ação contra as construtoras. Você tem, naquele segundo trecho que foi Gravatá – Caruaru, problemas sérios também. O convênio com a União é um convênio que está pendente onde o Estado tem uma inadimplência. Pernambuco chegou a ser inscrito no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) por conta dessa inadimplência. Em suma, é uma situação que não se resolve. Enquanto isso, essa via, que é a mais importante de Pernambuco, se deteriora. É mato na estrada, são placas que estão em desníveis, problemas sérios de drenagem, há ainda pendências relacionadas com a questão dos acessos locais. Aí o governo, que lá atrás dizia ‘concessão de forma alguma’, ensaiou uma solução agora já no final, o ‘pedágio universal’. A conta ia para o contribuinte. Era uma PPP, o Estado garantia a empresa que ia fazer a requalificação completa da obra, o Estado garantia pagar R$ 120 milhões por ano, o que significa dizer que a conta ia ser endereçada a todo cidadão, mesmo aqueles que não demandam a BR-232. O pernambucano lá de Goiana ia pagar por essa concessão. Bom, o impasse está aí. O que fazer? A via está se deteriorando, o Governo Federal alega que há pendência no convênio, porque houve uma delegação a Pernambuco. Fala-se, e o Governo do Estado, mesmo com essa pendência, postulou uma renovação do convênio até 2050, porque se discute a possibilidade, que é fundamental, de fazer a duplicação até Arcoverde. A questão está aí colocada, o que fazer? Acho que tem que haver sim uma intervenção do Governo de Pernambuco urgentemente para requalificar essa via, sob pena dessa situação, que já é de deterioração, se agravar mais e mais. O custo dessa requalificação já é muito alto. Então, eu acho que Pernambuco tem que atacar essa questão fazendo essa requalificação urgentemente e aí estudar alternativas para Pernambuco, que têm que ser examinadas. Eu registro que tivemos sete anos e meio e não saímos do impasse, continuamos sem uma solução para a questão da BR-232”.