Escavações para colocar novas tubulações na 'Cidade Alta' revelam achados arqueológicos (Foto: Aluísio Moreira)
Em pouco mais de dois meses de execução da obra de melhoria do abastecimento de água no Sítio Histórico de Olinda, vários vestígios arqueológicos já foram encontrados. As escavações revelaram achados como ornatos arquitetônicos, louças, azulejos e moedas do século 19. Por se tratar de uma obra realizada dentro do perímetro de um sítio histórico, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) realiza com muito cuidado um acompanhamento das atividades, com uma equipe de arqueólogos, seguindo a orientação técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trabalho também inclui atividades de educação patrimonial junto à população das áreas diretamente impactadas com a obra. Até o final do mês de dezembro, a Compesa prevê a implantação de 25 quilômetros de rede distribuição de água nos bairros do Monte, Guadalupe, Bonsucesso, Amaro Branco, Carmo, Varadouro, Santa Tereza e parte dos Bultrins, para continuar melhorando a distribuição de água para os olindenses.
Graças ao estudo preventivo, o acompanhamento das frentes de serviços no Sítio Histórico de Olinda está possibilitando diminuir os impactos de perda de informações e de identificação desses artefatos, além de salvaguardar essas peças arqueológicas. “Precisamos acompanhar as áreas de intervenção da obra para verificar a existência de vestígios materiais, todos os dias, sempre que houver abertura de valas”, explica a arqueóloga Gleyce Lopes, informando que um dos requisitos para se executar a obra foi a elaboração do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico. “Esse acompanhamento é de suma importância em obras como essa, pois os achados arqueológicos são essenciais para compor os dados de interpretação do contexto histórico”, acrescenta Lopes.