Posto à beira da estrada há dez anos
Trevo do Ibó: sem água potável nem sanitário
Quatro dias na estrada sob um sol escaldante com um único objetivo: verificar as condições de trabalho dos policiais militares no Agreste e Sertão de Pernambuco. Uma comitiva da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) partiu na segunda-feira (21.10), rumo a Águas Belas, Itaíba, Manaíra, Inajá, Tacaratu, Carnaubeira, Nova Petrolândia, Floresta, Trevo do Ibó, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Salgueiro, Bom Nome e Algodões .
O coordenador Renílson Bezerra, os diretores Romero Galindo e Luiz de Melo, com o apoio do advogado Dr. Maurício Gomes puderam constatar que praticamente nada mudou. A tropa está abandonada. Falta efetivo e o respeito à dignidade da pessoa humana.
Em algumas localidades, apenas dois homens para uma população de 22 mil pessoas. Postos de policiamento sem água ou banheiro, trailers praticamente jogados na beira da estrada, sem nenhuma proteção para os praças, poucas viaturas, escalas abusivas.
Pior ainda é a situação dos municípios que já sofreram com assaltos a bancos. Os policiais militares estão sendo obrigados a ficarem na frente das agências. Em Orocó, por exemplo, há momentos de ficar apenas um homem no trailer, numa área que consta com dois bancos, duas centrais de empréstimo bancário e os correios. Eles são escalados principalmente de madrugada.
Não dá para brincar de segurança. Colocar um PPO na frente do banco ou uma viatura é tirar da população e se voltar para os bancos privados. É como colocar cordeiros para o matador. Sabemos que as quadrilhas organizadas não agem com menos de dez meliantes.
A ACS - PE vem rogar as autoridades competentes que mude tratamento dado a esses profissionais, voltando à atenção para a garantia da proteção primeiro do policial para que ele possa realizar seu serviço em defesa da sociedade. Afinal, o Pacto pela Vida também deve ser para os PMs. Deve ser pela vida e dignidade do policial militar e bombeiro.
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Tropa do Interior está abandonada
Fonte: ACS-PE
Por: Paula Costa Jornalista/ACS-PE