domingo, novembro 10, 2019

Alexandre Frota diz que “Adélio vai virar filme”


O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou na manhã deste domingo pelo Twitter que Adélio Bispo dos Santos, o autor da facada em Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018, vai virar filme.

“Adélio vai virar filme .Uma das maiores produtoras do Brasil está negociando os direitos autorais .O Nome para viver Adélio está sendo negociado com dois nomes da TV. Em Breve msis informações”, tuitou o deputado.

Diversas teorias da conspiração criadas pelo próprio Jair Bolsonaro, filhos e aliados buscam ligar Adélio Bispo à tese de que ele teria agido a mando “da esquerda”.

Preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Adélio já reiterou diversas vezes que agiu sozinho e recusou por mais de uma vez fechar acordo de delação premiada por não ter mais nada a dizer além do que ele já falou em dezenas de outros depoimentos.

A última tese conspiratória foi lançada pela revista Crusoé. Porta-voz do lavajatismo, a publicação usou como fonte de uma reportagem com o título sensacionalista de “A testemunha fala – e quer negociar”, o iraniano Farhad Marvizi, que enviou uma carta a Jair Bolsonaro dizendo que Adélio Bispo dos Santos teria recebido uma proposta de R$ 500 mil para matá-lo durante a campanha eleitoral.

O iraniano, no entanto, é tratado pela Polícia Federal como uma pessoa com problemas mentais, que tem o hábito de mandar correspondências para personalidades

Marvizi, que já teria escrito ao apresentador Silvio Santos e ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado a 20 anos de prisão por ordenar um atentado contra um auditor da Receita Federal no Ceará

Por Forum

Paulo Afonso (BA): Jovem de 21 anos atira em padrasto e tenta se matar com disparo na cabeça, diz polícia


Um jovem, de 21 anos, atirou contra o padrasto e depois tentou se matar, no Bairro Tancredo Neves 3 em Paulo Afonso, segundo a Polícia Militar (20° BPM). O caso aconteceu no final da noite deste sábado (9).

Conforme a polícia, a guarnição do Grupo Tático Móvel foi informada que no local estariam havendo disparos de arma de fogo. De pronto, os policiais deslocaram e encontraram dois (02) indivíduos baleados caídos ao chão, sendo estes identificados como Weslis Santana Aquino, 21 anos (autor) e o seu padastro José Carlos dos Santos, 61 anos (vítima).

Ainda de acordo com a polícia, Wellis, após atirar no padastro, tentou suicídio vindo a efetuar disparo na cabeça. Uma unidade do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi acionada e prestou o socorro a ambos. Os baleados foram conduzidos para o HNAS (Hospital Nair Alves de Souza), ambos com vida.

Foi apreendida no local uma arma de fogo calibre. 38 de numeração suprimida com 06 munições sendo 03 deflagradas e 03 intactas. A arma do crime foi apresentada na Delegacia Territorial de Paulo Afonso e foi registrada a ocorrência de homicídio tentado.

A polícia vai investigar o caso para saber qual foi a motivação do crime.

Por PA4.COM.BR

Em discurso, Lula diz que Bolsonaro foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na tarde deste sábado (9) em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e disse que Jair Bolsonaro foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio. Lula fez um discurso agressivo e atacou o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol e a Operação Lava Jato.

"Ele [Bolsonaro] foi eleito. Democraticamente nós aceitamos o resultado da eleição. Esse cara tem um mandato de 4 anos. Agora, ele foi eleito para governar para o povo basileiro, e não para governar para os milicianos do Rio de Janeiro" , disse Lula.

"Eu duvido que o Moro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o tal do Dallagnol durma com a consciência tranquila que eu durmo. Aliás, eu duvido que o seu Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo. Eu duvido que o ministro demolidor de sonhos, destruidor de empregos, destruidor de empresas públicas brasileiras, chamado Guedes, durma com a consciência tranquila que eu durmo. E eu quero dizer pra eles, eu estou de volta".

Petrolândia: O domingo no Maria Fumaça será animado por Edy Ferreira e Pagode Pra Te Namorar a partir das 13 horas


O cantor MPB Edy Ferreira (13h00) e a banda Pagode Pra Te Namorar (17h00) são as atração deste segundo domingo 10 de novembro de 2019 no Bar e Restaurante Maria Fumaça, localizado na Orla Fluvial de Petrolândia.

Excelente cardápio e boa música na Orla de Petrolândia, você desfruta no cada vez melhor Maria Fumaça, organização de Pedrinho e família.

Contato: 87 3851-0376

Blog de Assis Ramalho
Com informações do Maria Fumaça

sábado, novembro 09, 2019

Manifestantes a favor da prisão em segunda instância protestam em frente ao Congresso Nacional

Em Brasília, duas faixas colocadas por um morador da Asa Sul fazem ameaças de morte contra ministros do STF e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Só essas passeatas não resolvem nada. Tem que juntar as Forças Armadas e invadir essas instituições", afirma o autor das faixas.

Centenas de manifestantes que apoiam a prisão a partir de condenação em segunda instância instância de Justiça protestam na Esplanada dos Ministérios, na noite deste sábado (9/11). A concentração ocorre em frente ao Congresso Nacional.

Organizado pelo Movimento Vem Pra Rua, o ato também ocorre em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro e contra a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A quantidade de manifestantes é bem inferior aos atos anteriores convocados para apoiar pautas do governo.

A intenção dos manifestantes é  protestar em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a região está interditada por conta do reforço na segurança em decorrência da reunião da cúpula do Brics, agendada para ocorrer na próxima semana.

Duas faixas colocadas por um morador da Asa Sul fazem ameaças de morte contra ministros do STF e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Só essas passeatas não resolvem nada. Tem que juntar as Forças Armadas e invadir essas instituições", afirma o autor das faixas, que se identificou ao Correio como Vitório Campos, neurocirurgião, de 67 anos.

Por Correio Braziliense


Lula deve retomar agenda no PT e dar corda a candidatura


Num recente congresso do PT de São Paulo, a plateia puxou o coro de "Lula inocente, Lula presidente".

Embora a libertação do ex-presidente esteja longe de significar o fim de seus problemas judiciais, a especulação sobre uma nova candidatura em 2022, quando o petista terá 77 anos, deve recomeçar imediatamente.

O ex-presidente foi libertado nesta sexta (8) após a Justiça Federal emitir alvará de soltura em razão da decisão tomada na véspera pelo STF de eliminar a possibilidade de prisão antes do esgotamento de todos os recursos.

Pessoas do entorno de Lula dizem que ele é o primeiro a encorajar a possibilidade de disputar novamente o Planalto. Como relatou um aliado próximo há alguns meses, "o rapaz de Curitiba [Lula] não pensa em outra coisa".

A saída da cadeia não absolve nem devolve os direitos políticos ao ex-presidente, no entanto, que ainda tem duas condenações e é réu em mais sete ações criminais. Para que Lula possa ser candidato, uma improvável sequência de eventos teria que ocorrer, incluindo absolvições, anulação de sentenças e a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

Lula passou 580 dias preso devido à condenação sob acusação de aceitar um tríplex em Guarujá como propina paga pela OAS em troca de três contratos com a Petrobras -o que ele sempre negou.

Essa condenação foi confirmada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), com pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias, e a defesa do ex-presidente apresentou recursos à corte.

O petista também foi condenado, até aqui apenas em primeira instância, no caso do sítio de Atibaia. Segundo a decisão judicial, ele recebeu vantagens indevidas da Odebrecht e da OAS em troca de favorecimento às empresas em contratos da Petrobras.

As reformas e benfeitorias realizadas pelas construtoras no sítio frequentado por Lula configuraram prática de corrupção e lavagem de dinheiro.

Pelas regras atuais, Lula é considerado ficha-suja, devido a ao menos uma condenação em segunda instância -a regra de corte estabelecida pela Lei da Ficha Limpa.

Petistas ouvidos em caráter reservado pela reportagem afirmam que a presença nas ruas de um Lula fortalecido traria o efeito colateral de interditar o debate sobre qualquer outra hipótese de candidato ou formação de uma frente de partidos de esquerda.

Com poucas exceções, a cúpula partidária sabe que a hipótese de o ex-presidente ter condições jurídicas de disputar o Planalto daqui a três anos é mínima. Mas é uma miragem que anima a militância e impede que um nome como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ou o governador da Bahia, Rui Costa, se coloque como opção realista.

De imediato, Lula deverá ter uma intensa agenda partidária agora que está livre e desimpedido para fazer política. Espera-se que ele compareça mesmo a eventos da legenda para os quais notoriamente nunca teve aptidão, como as reuniões do diretório e da executiva nacional marcadas para novembro.

Uma presença certa é no congresso do partido, entre 22 e 24 de novembro em São Paulo, cuja pauta prevista, incluindo a estratégia para a eleição municipal, deve ficar em segundo plano.

A discussão agora é como aproveitar a liberdade do ex-presidente, que poderá ser efêmera, na estratégia de combate ao governo Bolsonaro.

"Ele tem dito que quer se apresentar como alguém mais à esquerda, mas não no sentido de ser leninista ou trotskista. É na linha de defender a inclusão dos mais pobres no Orçamento e denunciar que querem vender o patrimônio do país", disse Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula na Presidência e um dos seus aliados de maior confiança.

A linha de investir pesadamente na crítica à situação econômica ficou clara no primeiro discurso de Lula ao deixar a cadeia, ainda em Curitiba. Da mesma forma, ele reafirmou o que vinha dizendo a petistas que o visitavam na prisão, que tem a intenção de percorrer o país.

"Tem que associar as duas coisas: a liberdade de Lula e a agenda econômica. As pessoas só vão se mobilizar se assuntos que falem de suas dificuldades diárias estiverem presentes", diz o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ex-presidente nacional do partido.

A realização de uma caravana no Nordeste, região em que o PT tem mais força, deve ficar para 2020, por questões logísticas. Até o fim do ano, no entanto, Lula pretende fazer no mínimo uma incursão pontual por uma capital nordestina, provavelmente Salvador.

Também há uma preocupação com a segurança. O petista tem direito a segurança pelo fato de ser ex-presidente da República, mas o partido pretende reforçar a proteção.

"É evidente que vamos tomar muito cuidado. Há muita conversa entre nós sobre a necessidade de reforço da segurança pessoal dele, sobretudo nesse momento que algumas reações são muito doidas", disse Carvalho.

De acordo com ele, Lula evitará responder a provocações de Bolsonaro e de seu entorno. "Nesse jogo ele não vai cair. Não vai facilitar a vida do Bolsonaro e fornecer elementos para o presidente fortalecer a sua base." O tom de suas falas, segundo o dirigente petista, será sobre a necessidade de unir o país.

Como ficou claro no discurso de Curitiba, uma exceção é a crítica à Lava Jato, especialmente ao ministro da Justiça, Sergio Moro. "Ele não vai deixar de xingar o Moro, mas de maneira geral, não tem essa coisa de vingança, do ódio", declarou Carvalho.

A fala em Curitiba nesta sexta, de qualquer forma, foi um mero aperitivo à militância. O ex-presidente promete um discurso de mais impacto neste sábado (9) em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo (SP).

Segundo aliados, é com base no tom adotado nessa fala, no ambiente que o projetou para a política, no final dos anos 1970, que será possível entender a linha de oposição a ser feita ao governo Bolsonaro.

Por: FolhaPress

Floresta-PE: Prefeito Ricardo Ferraz diz que incêndio na caatinga foi controlado


O prefeito do município de Floresta, Ricardo Ferraz, comentou nas redes sociais sobre os resultados do combate ao incêndio que devastou grande área da caatinga. Ricardo diz que tudo isso só possível graças ao apoio conjunto com ação e vigilância, o mesmo ainda fala a respeito dos próximos passos a ser dados.

“Em reunião com o Capitão Mathias e o Sargento Tomazi da CODECIPE, dentre outros assuntos abordados, ficou acertado que o a DEFESA CIVIL MUNICIPAL, CORPO DE BOMBEIROS, CPRH, IBAMA/ PREVFOGO,e BRIGADAS DE INCÊNDIO junto com os moradores da região estão de prontidão 24 horas, monitoramento as áreas afetadas e possíveis pontos críticos para entrar em ação caso haja necessidade”, disse o gestor.

O Prefeito Ricardo Ferraz cobrou que o acampamento da equipe seja localizado nas proximidades da área do incêndio, para assim poder atuar de forma mais rápida e eficiente.

Por Assessoria
Prefeitura de Floresta 

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Da Redação do Blog de Assis Ramalho

Engenheira de 28 anos morre com tiro na cabeça após ela e o namorado serem perseguidos por motorista no trânsito em MT


Uma jovem morreu na madrugada deste sábado (9) ao ser atingida por um tiro na cabeça dentro de uma caminhonete em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

Segundo informações da Polícia Civil e da Polícia Militar, Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, era passageira da caminhonete dirigida pelo namorado dela. Ela era engenheira agrônoma.

O casal teria sido perseguido depois de ultrapassar outra caminhonete. Quando foi ultrapassado, o motorista desse veículo teria ficado irritado. Ele buzinou diversas vezes e queria que o casal parasse o veículo.

Eles foram perseguidos pelo motorista até que, em determinado momento, o suspeito sacou uma arma e disparou. O tiro atingiu a cabeça da vítima.

O namorado da jovem socorreu a vítima até um hospital e a polícia foi chamada.

Julia seria moradora de Cornélio Procópio, no Paraná, e estava passando uns dias em Sorriso. Julia e o namorado passavam pela Avenida Natalino Brescansin, por volta de 3h, quando o crime ocorreu.

Ela não resistiu e morreu na unidade de saúde. O corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e não há informações sobre o velório da vítima.

O delegado da Polícia Civil, Nilson Farias, solicitou exames periciais e de necrópsia na vítima.

Algumas investigações são feitas para buscar imagens de câmeras de segurança, que podem identificar a placa da caminhonete do suspeito. Até o início da tarde o motorista não havia sido identificado ou preso pelos policiais.

G1

Petrolândia: Incêndio atinge depósito do mercado de Lulão na tarde deste sábado (09)



Um incêndio no depósito do mercado do empresário Lulão, localizado na Avenida Auspício Valgueiro Barros, na Quadra 17, foi registrado na tarde deste sábado (09), em Petrolândia. O fogo foi combatido inicialmente por populares, que ajudaram a controlar as chamas. Com a chegada de equipe do Corpo de Bombeiros, o incêndio foi controlado. Ninguém ficou ferido.

Segundo informações do proprietário do estabelecimento, em entrevista a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia, o fogo foi percebido por um familiar, que alertou para o princípio de incêndio no depósito, onde estavam armazenados fardos de capim. Imediatamente, o fogo começou a ser combatido, ao mesmo tempo em que os bombeiros foram chamados.

Confira no vídeo abaixo as palavras de Lulão sobre o incidente.


Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho/BlogAR

Criminosos explodem agência bancária em Itapetim, no Sertão de Pernambuco

Banco foi explodido em Itapetim — Foto: Pedro Ângelo/TV Asa Branco

Criminosos explodiram na madrugada deste sábado (9) uma agência bancária em Itapetim, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a Polícia Militar, o banco fica no Centro da cidade e os moradores foram acordados com o barulho da explosão.

Ainda segundo informações da PM, a Polícia Científica chegou ao local e encontrou vários explosivos não detonados no interior do banco. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi chamado para desativar os explosivos.

O grupo fugiu e, até a publicação desta matéria, ninguém foi preso.

Por G1 Caruaru

Petrolândia: Com presença da deputada Teresa Leitão, posse do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) é realizada na sede do STR




Nesta sexta-feira (8), no mesmo dia em que Luís Inácio Lula da Silva ficou livre de sua prisão política, em Petrolândia, sertão de Pernambuco, tomou posse a nova composição do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores.

Com a presença da deputada estadual Teresa Leitão (PT), foram empossados para um mandato de dois (2) anos: Daniel Filho, reeleito presidente do diretório; Mônica Caetano, vice-presidenta; Niedja Maria Batista, secretaria de organização; José Douglas Aryan, secretaria de finanças; Cássio Reimax Xavier, secretaria de formação; Léo Lins, secretário de juventude; Denaide Clenes, secretaria de Movimentos Sociais.

O diretório terá como grandes missões promover campanha de filiação e manter a formação e encontros entre juventudes e populares com a política partidária, assim como, no município, ter a responsabilidade de organizar as estratégias e rumos do partido nas eleições municipais de 2020.
O grupo se encontra mensalmente todo dia 13 e, nessas reuniões, abertas a filiados, são discutidos e analisados os cenários políticos que se apresentam tanto no município, como estadual e nacional.

Por Daniel Filho
Blog Gota d'Água

Petrolândia: Hoje tem tarde do pagode no Maria Fumaça a partir das 16 horas; posteriormente, Jhenifer Mello embala a sua noite


Aproveite seu final de semana no cada vez melhor Bar e Restaurante Maria Fumaça, a melhor música, a melhor culinária na Orla Fluvial de Petrolândia.

Contato: 87 3851-0376.

Divulgação/Bar e Restaurante Maria Fumaça

Após ser solto, Lula participa de comemoração em sindicato em São Bernardo do Campo

Militantes comemoram soltura de Lula em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC — Foto: TV Globo/reprodução

Lula é recebido com abraços em São Bernardo do Campo — Foto: Reprodução/TV Globo
Grupo apoia Lula em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos — Foto: Roney Domingos/G1

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a São Paulo na manhã deste sábado (9) após ser solto nesta sexta-feira (8). Lula deixou a prisão em Curitiba, Paraná, depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele – que estava preso desde 7 de abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal (PF) – saiu do local por volta das 17h40 e fez um discurso no qual agradeceu a militantes que ficaram em vigília por 580 dias, dizendo que eles eram "o alimento da democracia que eu precisava para resistir à canalhice que lado podre do Estado brasileiro, da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita Federal".

Após discurso, Lula passou a noite em Curitiba e embarcou em um avião fretado na manhã deste sábado rumo a São Paulo.

O ex-presidente desembarcou no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, às 11h30. Em um comboio, seguiu em direção ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde uma festa foi organizada. Lula chegou ao sindicato às 12h40 e foi recebido com abraços e fogos de artifício. Uma faixa vermelha com várias mensagens de apoio foi estendida e Lula caminhou por ela. Milhares de pessoas se concentram em frente ao sindicato para receber o presidente.

Com o ex-presidente, viajaram o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert.

Condenado em duas instâncias no caso do tríplex no Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, Lula cumpria pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias. Agora, o juiz Danilo Pereira Jr. autorizou que Lula recorra em liberdade.

Em seu discurso ao deixar a prisão, Lula:

*agradeceu a seus apoiadores que durante 580 dias ficaram perto da sede da PF em Curitiba;
*disse que "lado podre do estado brasileiro, da Justiça, do MP, da PF e da Receita trabalharam para tentar criminalizar a esquerda, o PT e o Lula";
*criticou o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Paraná, e o ex-juiz da operação, Sérgio Moro, atual ministro da Justiça;
*afirmou ter "vontade de provar que este país pode ser muito melhor na hora em que tiver um governo que não minta tanto quanto o [presidente Jair] Bolsonaro pelo Twitter";
*apresentou a namorada, a quem se referiu como "companheira", dizendo: "Vocês sabem que eu consegui a proeza de, preso, arrumar uma namorada, ficar apaixonado e ainda ela aceitar casar comigo – é muita coragem dela";
*antecipou que viajaria a São Paulo e que "depois as portas do Brasil estarão abertas para que eu possa percorrer este país".

Nesta quinta-feira (7), por 6 votos a 5, o STF decidiu derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento que vinha sendo adotado desde 2016.

A maioria dos ministros entendeu que, segundo a Constituição, ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado (fase em que não cabe mais recurso) e que a execução provisória da pena fere o princípio da presunção de inocência.

Período de Lula na prisão

Lula ficou preso em uma sala especial – garantia prevista em lei – de 15 metros quadrados que fica no 4º andar do prédio da PF em Curitiba. O local tem cama, mesa e banheiro de uso pessoal. A Justiça autorizou que o ex-presidente tivesse uma esteira ergométrica na sala.

O ex-presidente tinha os requisitos necessários para progredir para o regime semiaberto. A progressão é permitida a quem já cumpriu 1/6 da pena – no caso de Lula, a marca foi atingida em 29 de setembro deste ano e, segundo o Ministério Público, também leva em conta outros aspectos, como bom comportamento.

A defesa de Lula, porém, disse ser contra o ex-presidente passar para o regime semiaberto, porque espera a absolvição.

No semiaberto, o condenado tem direito a deixar a prisão durante o dia para trabalhar. A progressão, no entanto, ainda não tinha sido analisada pela juíza.

Durante o período na prisão, Lula deixou a sede da PF em duas ocasiões: para ir ao interrogatório no caso do sítio de Atibaia, que ocorreu em novembro de 2018, e ao velório do neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos, em São Bernardo do Campo (SP), em março deste ano.

Em janeiro, Lula não havia tido a mesma autorização da Justiça para ir ao funeral do irmão Genival Inácio da Silva, de 79 anos, conhecido como Vavá.

Por G1




Petrolândia: Jorge Ernesto, cidadão do Brejinho - Sua história


Quando precisou nascer, sua avó, que era parteira das boas, tinha ido ajudar uma parentea parir no Brejinho de Fora . Como a vida não espera, Tubalda , moradora do lugar e acostumada a “pegar” menino, foi chamada e o ajudou a chegar ao mundo no dia 06.04.1933, no Brejinho da Serra, povoado de Petrolândia. Ele diz-se descendente da Índia Juliana primitiva habitante do Brejinho da Serra, cuja filha veio a casar com o português André de Souza e deu origem aos Souza do Brejinho.

Filho deMaria Severina da Silva e Ernesto José de Souza, Jorge Ernesto de Souza foi o segundo de oito filhos. Antes dele Zezinho, depois , Luiz, Nozinho, Pedro, Celino , Edite e Euza. Edite morreu de gastroenterite logoque começou a falar, morte comum numa época sem água tratada. Como no sertão todo mundo é de alguém, ainda maisem um lugar como aquele onde quase todos eram parentes,, ele ficou sendo Jorge de Ernesto.

Sobre os seus, explica que o Brejinho , embora com muitas casas, é formado por apenas quatrofamílias. Pois o povoado tevepor origem quatroportugueses: Joaquim de Almeida Leal, André de Souza, Joaquim Rodrigues e José Correia Maurício que compraram terra para instalar fazenda de gado na região e acabaram casando com índias do Brejinho.

Conta que José Correia Mauricio se encantou por uma das filhas da índia Juliana, que hoje dá nome a serra, e casou com ela.Levou filha e mãe para morar com ele, mas vez por outra amâe fugia de volta para a mata eele mandava buscar de volta. Dizem que muitas vezes a encontraramno meio do mato dormindo sentada, como em alerta. Masvendo que a índia Juliana não se acostumava, construiu casa pra ela bem em frente ao Brejo dos Padres,no alto da serra. Aquadra de terra tinha água,mandou cercar, botou gado para ela cuidar e limpou o terreiro . Aí sim, sozinha, e fazendo o que gostava, ficou por lá e preparou o terreiro para o toré, que ela comandava. Nos sábados e domingos o povo do Brejinho vinhabrincar.

Jorge de Ernestomorouno Brejinho da Serra até seu pai mudar-se para a Cidade quando já era rapaz feito. Lugar de clima ameno e terras férteis, descobertas pelos índios ainda na pré-história. Quando fala nisso, contacom orgulho sobre as escavações realizadas na Gruta do Padre pelo pesquisador Carlos Estevão , o arqueólogo espanhol Caldeiron e por último pela Arqueóloga Gabriela Martins, da UFPE, nos anos 80, de quem chegou a presenciar e fotografar o trabalho. Naquela gruta, perto de onde morava, foram descobertos ossos humanos e artefatos ornamentais e de caça datados de mais de 7.000 anos atrás. Esses achados,após estudados, provaram que o local era utilizado como ossário por índios que habitaram a região. Mas seu Jorge , antes dessa informação , já sabia, desde criança, que alí era um local considerado sagrado, para os antigos, que cercavam a gruta com caiçara ( cerca de galhos) e seus mortos lá. .

Sobre o nome da Gruta, Jorge de Ernesto conta de ouvir dizer dos mais velhos, que um tio do seu bisavô foi procurado em casapor Frei Doroteu de Souza, seu parente das “bandas” de São José do Belmonte, que, tendo se apaixonadopor uma prima , viu-se obrigado a fugir sendo perseguido pela família dela. O parente o aconselhou aficarem escondidos na gruta, lugar seguro e pouco conhecido pelos “de fora”. Mas o casal caiu na besteira de acender uma pequena fogueira. Os perseguidores estando nos arredores avistaram a fumaça edesconfiados, seguiram para o local. Lá chegando mataramos dois e tocaram fogo na gruta com eles dentro. A família preferia ter uma filha morta, a desonrada.A tragédia ficou conhecida em toda a região e a gruta passou a ser apontada comoGruta do Padre Ao tomarem conhecimento dessa história os arqueólogos deram risada, desacreditaram. “È lenda!” disseram eles. Mas de pai para filhos essa história vem sendo contada e agora tem nome e sobrenome, assim confirma Jorge de Ernesto do alto dos seus 86 anos.

Ora, pois foi alí, aos pés do Serrote do Padre, local da gruta, que Jorge de Ernestopassou a infância. Sua família foi uma das primeiras moradoras de lá. Seu pai, assim como todo o povo do Brejinho, vivia deplantar feijão de arranca, macaxeira e mandioca para fazer farinha. Chovia todo ano,tinha fartura. Alguns poucos criavam gado, amaioria criava bode e cultivava a terra. Sua mãe e as outras mulheres de lugar, cuidavam da casa , dos filhos, ajudavam na roça e durante a safra, levavam umbus, mangas e pinhas para vender na feira de Petrolândia.. Lindas e deliciosas pinhas que ainda hoje tem na sua roça.

Diversão só quando iam as festas do Brejo. Lá assistia os adultosdançarem o toré, e depois, no terreiro de casa, os imitava dançando com as outras crianças . Divertia-se tambémvendo os índios pescarem na cachoeira. Gostava de vê-losusando o gazuin , uma rede feita de cordas finas cujas laterais eram fixadas nas pedras de um lado e do outro do canal da cachoeira, formando uma espécie de peneira. Os peixes que desciam as correntezas ficavam retidos nela. Uma vez cheia, o meioda rede podia ser puxadoatravés do manejo das cordas enquantoas extremidades permaneciam fixas nas rochas. Os peixes nela acumuladoseram retirados, manejava-se novamente as cordase a rede vazia rolava de volta. Ele, menino ficava admirado com a inteligência do seu povo.

Entre os índios se criou, tanto que, aos 7 anos , sem entender direito o que estava acontecendo, junto com seu irmão Zezinho, acompanhou curioso a demarcação das terras indígenas realizadas pelo serviço de Proteção aos índios em 1940, durante o governo Vargas.

Mas a infância de menino da roçaterminava cedo. Aos oito anos já pegava no cabo da enxada para limpar roça de macaxeira com seuirmão mais velho, para ajudar seu pai. Nas farinhadasralava a mandioca e o que fosse preciso fazer. Nessa idade a rotina já era puxada. De manha, acompanhado por outras crianças, ia a pé para as aulas de Dona Lilia no Brejinho de Fora, á 6 km de distância. Ao meio dia voltavam para casa com uma fome danada aguçada pelo cheiro bom do feijão que vinha da cozinha da professora. Chegando era só almoçar e ir para a roça onde passava a tarde toda. Tendo chuva plantava, quando não tinha plantação cuidava dos animais de carga. Eram eles que subiam a serra carregados de mandioca para a casa de farinha de Caboclo Lola. Dava água aos bichos, soltava no campo e tinha que recolher depois. À noite, dormia cedo morto decansado. O pior é que menino não ganhava nada pelo trabalho, quando muito uma roupa nova para ir à feira na cidade, já que a roupa do dia a dia erammesmo as feitas de pano de saco que sua mãe tingia e costurava.

Era a mãe também que , às escondidas, costurava as indumentárias de penitente para ele e seu irmão Zezinho, pois desde pequenos acompanhavam os tios nas rezas durante a semana Santa. O nome de quem participava do grupo era mantido em segredo. Ninguém podia saber. As crianças podiam acompanhar seus pais ou tios mais velhos. O grupo se reunia em local afastado e com seus rostos cobertos, saiam tarde da noite a se martirizar com chicotadas no próprio corpo a ponto de sangrar e a rezar em todas as cruzes, no cemitério, na Igreja, no Cruzeiro. As crianças não se martirizavam, mas rezavame cantavam os benditos juntos. Ele tinha voz boa. Tanto que depois de adulto, nos anos 70,chegou a cantar no Coral Vozes do São Francisco, a convite de Nicodemos e Padre Cristiano.

Aos quatorze anos , apareceu no Brejinho um caminhão do DNOCS amealhando gente para trabalhar na construção da estrada de Flores. Ele foi com um tio e um primo. O serviço lá era duro, arrancando troncos e limpando o terreno, mas durou pouco. Seu primo teve um entrevero com o encarregado. Preferiram ir embora. Se um ia os outros dois lá também não quiseram ficar. Saíram de lá a pé, sem ter recebido um tostão pelo serviço realizado. Caminharam um dia inteiro e a noite chegaram em Triunfo, dormiram no mato, num frio danado. Amanheceu andaram até Serra Talhada, lá foram abrigados por Manoel Leandro que lhes deu de comer. Matada a fome seguiram na caminhada , quando passaramem Nazaré, estava com uma sede danada. O lugar tinha fama. O povo de lá era temido, eramos brabos da região. Os outros tiveram medo até de pedir água, mas ele ariscou. A sede era maior do que o medo. Quem já se viu sertanejo negar água a outro? Pediu e foi gentilmente atendido. Sede abrandada, tocaram a caminhar novamente até Floresta,de lá conseguiram uma carona em cima de um caminhão até Petrolândia, mas o carro quebrou no caminho , tiveram que desatolar o caminhão, chegando na Barreira tiveram que seguir á pé até o Brejinho da Serra. Depois dessa aventura o sonho de um emprego ficou bem distante e ele continuou na roça ajudando ao pai.

Mas sentido a falta de perspectiva de trabalho do lugar, e na esperança de futuro melhor,um tio o leva para tentar a vida em São Paulo. Acontece que aos 18 anos, só com o estudo primário, sem experiência nenhuma, o único serviço que conseguiufoi na lavoura. O trabalho era pesado. Não aguentou nem um ano.

Quando voltou seu pai já havia se mudado para a“rua”, como era chamada a cidade pelo povo da área rural quando se referia a Petrolândia. Lá conheceuManinho Delgado ,com quem aprendeu o oficio de eletricista.

Pouco tempo depois, aos 19 anos,foi contratado temporariamente pelo Dnocs para trabalhar nos estudos para construção de açudes da região. Agora já não eratão inexperiente, já tinha passado por São Paulo e tinha uma noção de como lidar com eletricidade. Viu nisso uma oportunidade de novas experiências. No Dnocs trabalhoucomo feitor, e como auxiliar de topografia. Era mais uma profissão que aprendia.

Nesse período, durante uma viagem com o chefe a Tacaratu, vendo a preguiça do eletricista da Prefeitura que não providenciava a ligação elétrica das barracas que começavam a ser armadas para a festa de Nossa Senhora da Saúde, se ofereceu para fazer o serviço. A cada ligação feita ganhava 20 reis. A principio foi chamado à atenção porque a aqueleserviço não podia ser feito por particular, mas depois o pessoal da própria Prefeitura acabou lhe autorizando a continuar prestando o serviço por conta própria e ele pode ganhar seu dinheirinho em paz.. A partir desse serviço, surgiram outros. Sentia que, com a profissão de eletricista, as coisas começavam a melhorar.

Passado algum tempo, vai procurar o amigo Conrado que trabalhava na SUVALE. Queria uma chance de aprender a mexer com alta tensão. O amigo fala com Dr.Medeiros,que era o chefe do Projeto no Núcleo Colonial de Barreiras,mas ele nega: “ Aqui não escola, não!” disse ele. Mas Conrado pondera: “ Mas doutor, a gente precisa de eletricista e ele já tem uma noção, é conhecido nosso. Vamos da uma chance ao rapaz!” . Doutor Medeiros, acaba consentindo que ele fique como observador. Em pouco tempo é chamado ao escritório. Doutor Medeiros num tom desconfiado lhe pergunta: “ Soube que você anda consertando lâmpadas por aqui? Consertando ou fabricando? “ . Jorge de Ernesto responde: “ Se tiver jeito conserto, sim. Já aproveitei várias”. Dr.Medeiros manda que ele escolha algumas lâmpadas queimadas numa caixa. Marca as lâmpadas e o autoriza a leva-las para o conserto. Ele pega, solda os filetes soltos e volta com as lâmpadas prontas para o uso. Ainda incrédulo doutor Medeiros manda testar as lâmpadas. E não é que acenderam?! “Você é um danado mesmo, hem?” “Podem fichar o rapaz!”, disse ele ao pessoal do escritório. Foi contratado como auxiliar do amigo Conrado, com quem,por ser também solteiro, passou a dividir o mesmo alojamento.

Na SUVALE aprendeu de tudo um pouco. Aprendeu a dirigir automóvel, foi bombeiro hidráulico e passou a fazer parte da equipe de Gororoba, que já era eletricista experiente. Certa feita, Indo com elefazer um serviço em Tacaratu , encontrou novamente o pessoal da Cooperativa para quem já havia trabalhado. Perguntaram-lhe quanto estava ganhando na SUVALE. Respondeu: “Duzentos cruzeiros por semana”. Eles , então, lhe ofereceram o mesmo para que voltasse a prestar serviço a cooperativa novamente. Não pensou duas vezes, aceitou na hora, pois a essas alturas já namorava Terezinha, pensava em casar.

Quando já estava na Cooperativa, João Serafim, prefeito de Tacaratu queria puxar a rede elétrica para Caraibeiras e o chamou, junto com Gororoba para fazerem o serviço: “ Olha, vou lhe pagar mais do que o você ganha na cooperativa e você vem trabalhar na Prefeitura.”, disse o prefeito. Mais uma vez não pestanejou. Queria casar, agora ia poder sustentar uma familia. Era o ano de 1957, ele tinha 24 anos quando casou com Terezinha, que na época tinha 14 anos, e foram morar em Caraibeiras. Fez toda a instalação elétrica de Tacaratua Caraibeiras e virou cobrador da energia consumida. Teresinha, moça prendada, passou a ser professora do curso de corte e costura.

A vida melhorou muito. Comprou um carrinho, fez parceria com Firmino Barbosa, quehavia comprado uma maquina de projeção de filmes em São Paulo, juntaram-se a Ciríaco, que era dono de um prédio e montaram uma sala de cinema em Caraibeiras. Toda semana recebia novas películas que vinham de Recife pelo correio. Com o tempo os demais desistiram do negócio, mas ele sentia que aquilo tinha futuro. Resolveu continuar sozinho. Comprou a parte de Firmino na sociedade epediu ajuda de Zé de Caboclo, seu parente, prefeito de Petrolândia, para comprar um novo projetor em São Paulo. Zé de Caboclo não só oajudou, como o chamou para trabalhar com ele na Prefeitura. Mudou-se para Petrolândia, mas nos finais de semana percorria, no seu carrinho,as cidades de Piranhas, Água Branca, Pariconha, Caraibeiras, Tacaratu, Itacuruba e Floresta, levando os filmes para o povo assistir. Em Petrolândia passava os filmes no clube. O cinema agora era itinerante e a bilheteria era toda sua. Seu cunhado Tiago Delgado o ajudou nessa empreitada. Ganhou muito dinheiro nessa época.

Com o fim do projeto doNúcleo Colonial de Barreiras ,em virtude do plano de construção da barragem de Itaparica, a CHESF assumiu a antiga olaria da SUVALE ,em Petrolândia. Estavam produzindo tijolos para construção de Nova Glória, cuja a cidade antiga seria inundada pela construção de uma das barragens de Paulo Afonso. Era nova oportunidade de trabalho que surgia. Agarrou-se a ela e em 1979 conseguiu ser contratado pela CHESF onde permaneceu por seis anos. Nesse percurso fez vários cursos técnicos na área de eletricidade, como eletrotécnica e outros mais. Chegou a montar loja de conserto de radio e eletrodomésticos. Mas apesar de todos esses trabalhos, nunca deixou a roça. Continuava a plantar no Brejinho de Fora e da Serra, construiu casa. O casamento lhe rendeu dezesseis filhos, apenas dez vingaram. Cinco homens e cinco mulheres. Depois criou mais dois netos que considera também como seus filhos.

A essas alturas, seu cunhado Tiago Delgado, funcionário da SUVALE e dono da foto Rio Grande, em Petrolândia, havia sido transferido para Recife. Sabendo da sua facilidade em aprender coisas novas, Tiago se ofereceu para lhe ensinar os segredos da fotografia. Queria lhe repassar a foto. Não teve problema, rapidinho aprendeu e virou proprietário da Foto Rio Grande. Comprou casa na Travessa Dom Pedro II onde passou a morar.

As obras da Barragem de Itaparica começaram. Serviço não faltava. Mas era preciso estar atento. As mudanças que estavam para acontecer eram muito grandes. Ia mexer com a vida de todo mundo. Orientado pelo Padre Cristino e com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais,organizou e fundou, com seu tio Izidio e outros mais, a Associação dos Moradores de Petrolândia. Lutavam por seus direitos e para serem ouvidos nas questões que envolvia as indenizações. Inclusive, foi a Associação que indicouo local de construção da nova cidade. O lema era “ terra por terra, casa por casa”. A luta não foi pequena. Além de todas as dificuldades de ter quenegociar preço de casa, terra e benfeitorias das áreas a serem inundadas, ainda tinham que estar atentos para não cair nas armadinhas de advogados inescrupulosos e alguns maus funcionários da CHESF que tentavam tirar direitos do povo em benefício próprios.

Ao ser perguntado sobre o como se sentia com relação às mudanças causadas pela construção da Barragem, ele afirma: “ O lugar era muito atrasado, não tinha nem espaço para crescer “ “ era preciso deixar o progresso chegar”.” Foi bom para Petrolândia” “Hoje a cidade é muito maior. Já, já chega em Floresta”.

Diz isso e lembra que, ele e o povo do Brejinho,foram beneficiados,já que apenas uma parte das suas terras e algumas benfeitorias precisaram ser indenizadas. Conseguiram ser incluídos nesse “progresso”, sem precisar sair de suas próprias roças. Diferente da maioria do povo de Petrolândia.

Hoje, ele e sua família lutam para firmar-se como povo indígena primitivo naquele território. Segundo ele, seus antepassados índios estão na região bem antes da aldeia do Brejo dos Padres existir. Alega que os primeiros índios do Brejo dos Padres vieram do Brejinho da Serra, como a família Baleia por exemplo. Inclusive tem gente de Brejinho que casou com índio da tribo Rodelase que também passou compõe o povo primitivo do Brejo. Afirma, inclusive, que o povo do Brejo adotou o nome de Pankararu por sugestão do Serviço de Proteção ao Índio, porque quando da regularização de sua aldeia, formou-se umase comitiva composta por Anjo Bomba, João Moreno, Bernardo e Mariano que viajaram ao Rio de Janeiro para as providencias legai. Na entrevista quando perguntado o nome da Aldeia, eles falaram que seriaTUAÇÀ JERI PANKO ( Brejo dos Padres). O funcionário do SPI afirmou que não poderia ser Já que esse era apenas o nome do lugar. Sugeriu então, Pankarus, e assim ficou até descobrirem o anterior de outro grupo indígena com esse nome na Bahia. Então o SPI resolveu mudar para PANKARARUS demodo a atender a burocracia.

Também para atender a burocracia e ter seus direitos preservados, formou junto com sua filha Josenilda, a Associação dos Indios Urbanos, que depois, em 2007,teve seu nome alterado para Associação dos IndiosPankararus Aldeia Brejinho da Serra. Em Assembleia foi nomeado cacique de modo a lhe dar condições de liderar o movimento do povo indígena do Brejinho da Serra e de Fora. Não para reivindicar territórios antigos, mas apenas para garantir que suasterras não sejam indevidamente reivindicadas por outros.

Assim é que aos 85 anos , com uma memória privilegiadíssimas a disposição para travar novas batalha continua a mesma. Afinal cacique que se preza não foge à luta.

História de: JORGE ERNESTO
Autor: Paula Rubens

Da Redação do Blog de Assis Ramalhop

Estudante pernambucano ganha computador após ser visto fazendo pesquisa em loja de departamento da Samsung


Uma rede de solidariedade nas redes sociais fez chegar a poderosa Samsung um vídeo que mostrava um menino chegando em uma loja de eletrodoméstico, em Recife, para fazer trabalho escolar e estudar no computador de exposição dos produtos de informática. 

Pois bem, a empresa de tecnologia sul coreana pediu ajuda para localizar o garoto e prometeu dar de presente todos os equipamentos necessários para auxiliá-lo nos estudos. Fazer o bem sempre vale a pena.

O Dia RJ