Eles existem, mesmo que não se vejam. Esta era, antigamente, a principal característica dos anjos, presenças com as quais se podia contar, seres discretos, impalpáveis, transparentes e, ao mesmo tempo, espíritos-guias capazes de indicar o caminho. Isso, antes de ganharem corpo como fenômeno difuso. Hoje, os anjos são avistados por toda a parte, nas artes, na literatura, no cinema, na TV. E na vida de todos os dias.
A reportagem é de Severino Colombo, publicada no caderno
La Lettura, do jornal
Corriere della Sera, 22-02-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Eu acredito em coisas que vão além da nossa compreensão: aliens, anjos, demônios", revela a estrela do rock maldita Marilyn Manson na entrevista da edição de março da revista
Paper. "Hoje, mais do que nunca, precisamos de anjos", ecoa o designer Ennio Capasa, criador da marca
Costume National, antes de mandar os seus modelos para as passarelas da
Milano Moda Uomo 2015. Peças fortes da coleção intitulada
Dancing with an Urban Angel são os casacos pretos ou brancos, reluzentes de cristais e cobertos com penas macias.
Nada de penas, no entanto (e nem mesmo de asas), para os esperados anjos caídos do filme
Fallen, com Jeremy Irvine no papel de Daniel Grigori, espírito destinado a se apaixonar pela misteriosa Luce (e depois a vê-la morrer nos seus braços). O filme, anunciado para os próximos meses, se baseia na saga best-seller
Fallen, de Lauren Kate.