Ana Gleide, Carlos Francisco e Paulo Wilton (Fotos: Lúcia Xavier)
Na noite dessa terça-feira (15), foi realizada em Petrolândia, no auditório do Centro Cultural, reunião entre representantes do Cesvasf (Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco/Autarquia Belemita de Cultura, Desportos e Educação) e ex-alunos de cursos de extensão oferecidos pela Funeso/Faexpe/Parapanema no município. Os cursos foram encerrados após denúncia de tratarem-se de serem divulgados como cursos de nível superior, em ação cível do Ministério Público Federal (MPF), Regional Serra Talhada.
De 2009 ao início de 2015, quando graduou sua última turma no município, o Cesvasf, manteve em Petrolândia os cursos de licenciatura plena em Letras e Matemática. Apesar de todas as adversidades provenientes da falta de apoio e incentivo, a instituição concluiu sua estada em Petrolândia com a formação de 200 professores, tendo contribuído para elevar o Ideb (Indíce de desenvolvimento do ensino básico) do município, onde encontrou menos de 20 professores licenciados em salas de aula. Findos os quatro anos da autorização para oferecer seus cursos em Petrolândia, quando a instituição já se preparava para encerrar sua passagem pelo município em que se instalou após 2 anos de procedimentos para legalização do campus, junto ao Conselho de Educação de Pernambuco e ao MEC, eis que a única entidade de ensino superior credenciada no município pode ser instada a refazer seus planos. As informações foram passadas pela presidente da autarquia, Ana Gleide Leal.
Com esta introdução, feita para ressaltar o procedimento difenciado do Cesvasf ao ser instalada no município, Ana Gleide, acompanhada na reunião por Carlos Francisco, procurador da instituição, e Valmir Pires, diretor do Cesvasf, apresentou ao público presente a instituição que poderá vir a oferecer a oportunidade de graduação aos ex-alunos da Funeso/Faexpe/Parapanema, para quem o sonho do diploma universitário virou pesadelo, com a ação cível do MPF, no mês de julho, determinar o encerramento dos cursos de extensão universitária contratados com intermediação da Faexpe.
Ana Gleide, também professora do Cesvasf, iniciou o repasse das informações que deveriam ser acompanhadas pela maioria, senão por todos, os interessados, tendo em vista as dúvidas poderem ser dirimidas na reunião e evitar possíveis desencontros na transmissão do que foi apresentado pela instituição. A professora estranhou o pequeno número de pessoas presentes. Na reunião, da qual Lúcia Xavier, ex-aluna Cesvasf e Funeso/Faexpe, participou como aluna e na reportagem para o Blog de Assis Ramalho, as poucas - diante do contingente envolvido - pessoas presentes no auditório do Centro Cultural foram informadas que o Cesvasf foi procurado pelo prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, e houve reunião entre a prefeitura, a autarquia e os representantes das turmas dos cursos da Funeso/Faexpe/Paranapanema. Lúcia Xavier declarou - após facultada a palavra aos presentes - desconhecer a realização da reunião em que foram tratados assuntos de seu interesse e, inclusive, a convocação para a reunião com a Cesvasf não foi feita com a esperada antecedência, assim sendo, muitos outros alunos poderiam, também, não saber da realização do encontro.
O Cesvasf, como se disse, preparava-se para fechar definitivamente seu campus em Petrolândia e levar o material para a sede em Belém de São Francisco. Porém, após o pedido do prefeito Lourival Simões para que a instituição analise a situação dos alunos e, se houver viabilidade, apresente uma possível solução para o caso dos alunos. Com esse intuito, os três representantes da Autarquia Belemita receberam, na tarde de hoje, nas instalações da Biblioteca Municipal Barão de Mauá, alguns alunos que foram orientados a levar sua documentação comprobatória para análise e comparação das cargas horárias e matrizes curriculares. Poucos alunos apresentaram a documentação, a maioria de Administração. Segundo Ana Gleide, se a decisão fosse tomada naquele momento, ela diria não haver viabilidade de implantação de cursos superiores em outras áreas além de Administração. O número mínimo de alunos para justificar o investimento entre 30 e 40 mil reais para estruturar o campus na cidade é de 25 pessoas por turma.
Veja abaixo os detalhes repassados durante a reunião.