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Edivan Ormino, o popular Bambam Passos
Fotos: Assis Ramalho |
O dinheiro que ganhou na África
é investido em negócios em Petrolândia
Em Petrolândia, aproveitando os últimos dias de férias, Edivan Osmino, popularmente conhecido como Bambam
Passos, já está de malas prontas para retornar
a Angola, na África. Edivan trabalha na cidade de Quibala, sul do país angolano, desde
agosto de 2012, na função de operador de motoniveladora (patrol) da empresa Construtora Queiroz Galvão.
Na manhã desta quarta-feira (16), a reportagem do Blog de
Assis Ramalho entrevistou o petrolandense Bambam Passos, para saber mais detalhes
da rotina vivida por ele naquele país, onde tudo é tão diferente do Brasil.
Perguntado sobre os motivos que o levaram a aceitar o
desafio de deixar o país e trabalhar no exterior, ele afirmou que o seu grande
objetivo é fazer o chamado "pé de meia", ou seja, estabelecer-se financeiramente para comprar sua casa própria e montar um negócio (ponto
comercial). Disse Babam:"Na verdade era um sonho trabalhar em Angola, porque eu já sabia
que a empresa Queiroz Galvão, em que eu trabalho, pagava muito bem. E quando surgiu a oportunidade eu
não pensei duas vezes, porque o meu grande sonho é juntar dinheiro para montar
o meu negócio e ter a minha casa própria. Com o dinheiro que eu já ganhei lá,
eu, junto com a minha noiva Valquiene, já demos o pontapé inicial. Já montamos
um pequeno ponto comercial aqui, em Petrolândia, que ela toma de conta. Mas é
apenas o começo, porque eu ainda pretendo ampliar, se Deus quiser'', disse.
Edivan explicou
para a nossa reportagem que o salário que ele ganha é depositado em uma conta aqui no Brasil. "É norma da empresa. Nenhum funcionário
vê a cor do dinheiro no final do mês, e nem durante o tempo em que em que
estamos lá. Todo o final de mês, a Queiroz Galvão deposita o nosso salário em uma
conta no Brasil. Sobre dinheiro para a nossa manutenção em Angola, a empresa dá
a cada funcionário uma bonificação mensal de 340 dólares, o que é pra lá de suficiente.
Dá até mesmo para a gente juntar e trazer para o Brasil, porque lá as opções
de lazer são quase nenhuma. Quando chega o final de semana, a nossa opção é
comprar umas cervejinhas e umas caninhas para tomar no alojamento. A minha grande diversão é o meu notebook, onde eu
posso entrar em contato com a minha família e acompanhar as notícias pelo Blog
de Assis Ramalho".
Perguntado sobre os costumes do povo de Quibala na Angola,
Bambam disse que o que mais o impressiona é a falta de higiene, certos alimentos consumidos por eles e a
bagunça no trânsito. "Eles se vestem normalmente, igual a nós aqui no Brasil, mas são
descuidados com a higiene. A alimentação deles também é estranha. É comum a gente ver eles comerem ratos, cobras, cupim, entre outras doideiras. Outra coisa que me impressiona é a desordem no
trânsito. O trânsito de lá é uma verdadeira bagunça. É preciso ter muito
cuidado para não ser atropelado, porque eles não obedecem às sinalizações,
usando mão e contramão na maior naturalidade. Pela facilidade que eles têm de comprar carros, por ser muito barato, é
normal a gente ver automóveis abandonados pelos donos logo após sofrerem uma batida ou uma virada. Eles
não têm costume de mandar consertar carros em oficina. Isso é muito raro por
lá".
Perguntado sobre o tempo em que ainda pretende trabalhar em
Angola, Bambam disse que os seus planos, a princípio, são completar dois anos por
lá, mas não tem ainda nada definido. "Primeiramente, eu peço a Deus que me
proteja e me livre de doenças, porque lá existe o perigo de a gente pegar
febre tifoide, malária, entre outras doenças. Dando tudo certo neste período, quero me aperfeiçoar cada vez mais na execução do meu trabalho, obter conhecimentos e experiência de vida. Eu
vou decidir o meu futuro com o passar do tempo'', finalizou Bambam Passos enquanto arrumava as malas, sob o olhar da noiva Valquiene.
Fotos: Assis Ramalho