segunda-feira, julho 08, 2019

Petrolândia/Arapiraca: Grupo Lambu anuncia Feirão de Aniversário com as melhores ofertas para o homem do campo; aproveite!



Atenção amigos do campo e da cidade: O Aniversário de 17 anos do GRUPO LAMBU está chegando! São duas oportunidades únicas, de 10 a 13 de JULHO e de 14 a 17 de AGOSTO!


As melhores ofertas do ano, e com estoque limitado em máquinas agrícolas, tubos, asperssores , bombas, mangueiras e conexões hidráulicas!

Além de ser assistência técnica autorizada de diversas marcas, o GRUPO LAMBU conta com serviços de rebobinamento de motores, instalação de bombas centrífugas e submersas assim como criação e execução de projetos de irrigação para sua plantação, campos de futebol e jardins.

Em parcerias com:
AGROPOLO, KSB, TOYAMA, IRRITEC, SANTENO, ASPERBRÁS, THEBE E BOMBAS LAMBU

Aproveite, pois os preços e o tempo de aniversário é bem curtinho!

Venha nos visitar e acompanhe todas as novidades no Instagram @COMERCIALLAMBU

Comercial Lambu solução para o homem do campo e da cidade!

Irriga que dá!

Estamos presentes em Arapiraca/AL e Petrolândia/PE.

Veja abaixo alguns dos muitos produtos em oferta




Leia também
> Petrolândia: Líder em irrigação no estado de AL, Comercial Lambu abre filial em Petrolândia

Redação do Blog de Assis Ramalho
Informação: GRUPO LAMBU

Lions Clube de Petrolândia realiza Campanha do Agasalho 2019 no Bairro Nova Esperança


O Lions Clube de Petrolândia realizou neste domingo (07/07), a Campanha do Agasalho 2019, no bairro nova esperança, m frente ao PSF Francisco Fernandes.

Foram distribuídas 160 mantas para dezenas de famílias carentes, residentes naquela comunidade.

Oficialmente, esse foi o primeiro evento do Lions Club de Petrolândia sob a direção do seu novo presidente CL Arnaldo Rocha, popularmente conhecido por Junior Biu.

''A importância do LIONS Clube de Petrolândia de realizar e participar destas campanhas é de fortalecer a solidariedade na comunidade, a medida em que oportuniza a todos formas de colaborar, e assim, aquecer o lar de muitas famílias do nosso município'' diz Júnior Biu.

O atual presidente foi empossado na noite deste sábado (6/07) na sede do Lions Clube, na Orla da cidade. 

Ainda hoje, a reportagem do Blog de Assis Ramalho vai publicar matéria especial sobra a bonita solenidade.

Ver abaixo, fotos da Campanha do Agasalho no Bairro Nova Esperança realizada neste domingo (07/07/2019)

Procurador da República Deltan Dallagnol depõe nesta terça na Câmara sobre denúncias de parcialidade da Lava-Jato



A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta terça-feira (9), às 14 horas, para ouvir o coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador da República Deltan Dallagnol; e o representante da coordenação-executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), juiz Marcelo Semer.

O objetivo da reunião será debater as reportagens do The Intercept Brasil que noticiaram mensagens trocadas entre Deltan Dallagnol, o então juiz Sérgio Moro (atual ministro da Justiça e da Segurança Pública) e outros integrantes da Lava Jato. Os textos do The Intercept levantam a suspeita de que Moro teria atuado com parcialidade em decisões relacionadas à operação.

Semana passada a CCJ da Câmara ouviu o ministro Sérgio Moro. Questionado se a polícia federal solicitou informações financeiras do jornalista Glenn Greenwald ele esquivou-se da resposta.

Na ocasião o político sofreu várias críticas por parte de parlamentares, deixou a Câmara sob os gritos de “juiz ladrão”, mas manteve-se em posição confortável ao afirmar que “as mensagens foram obtidas por hackers criminosos, podem ter sido adulteradas total ou parcialmente”, eximindo assim de maiores explicações sobre sua parcialidade.

O autor do requerimento para a realização da audiência, Rogério Correia (PT-MG), diz que os diálogos até agora revelados “demonstram que Sérgio Moro se intrometeu no trabalho do Ministério Público, e, mais do que isso, atuou como indutor das ações como auxiliar da acusação, ferindo o princípio da imparcialidade previsto na Constituição Federal e no Código de Ética da Magistratura”.

A audiência para ouvir Deltan Dallagnol e Marcelo Semer ocorrerá no plenário 10 do anexo 2 da Câmara dos Deputados.

Por George Marques
Forum

Caminhão tomba na curva do Airi em Floresta, no Sertão de Pernambuco


Um caminhão tombou na madrugada desta segunda-feira (8) na curva do Airi, município de Floresta, no Sertão de Pernambuco. O veículo – um Ford Cargo, de cor cor branca e placa da Paraíba – estava carregado de melancias.

Segundo informações, o motorista do caminhão, o qual não foi identificado, foi socorrido para um hospital de Ibimirim, onde foi constatado que estava com a clavícula quebrada, em seguida foi transferido para a cidade de Arcoverde.

Não se sabe o que teria provocado o acidente.

Ver abaixo, mais fotos

Petrolândia: Retorno do abastecimento de água acontece por volta das 13h


Com um vazamento de grande porte na tubulação da Compesa, na Rua Augusto de Barros, Quadra 04 de Petrolândia, o abastecimento de água foi suspenso na área urbana de Petrolândia, na manhã desta segunda-feira (08), para realização do conserto emergencial.

A reportagem do Blog de Assis Ramalho visitou o local. A expectativa é que o fornecimento de água à população seja liberado por volta das 13h.

Redação do Blog de Assis Ramalho

Adolescentes são flagrados com facas e revólver de brinquedo em São Caetano, PE


Um deles possuía histórico de atos infracionais (Foto: Divulgação/PRF)


Dois adolescentes, ambos de 16 anos, que portavam duas facas do tipo peixeira e uma pistola de brinquedo, foram flagrados no sábado (06), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR 232, em São Caetano, no Agreste de Pernambuco. A dupla estava dentro de uma van de transporte alternativo.

Tacaratu: Clínica e Laboratório Jaques informa atendimento da semana; Confira e marque sua consulta

Divulgação: Clínica e Laboratório Jaques

Petrolândia: Compesa informa falta de água por vazamento na Rua Augusto de Barros


Compesa comunica que haverá interrupção no fornecimento de água devido a um vazamento de grande porte na rede de 60, na Rua Augusto de Barros, por trás do Batalhão.

Logo que for concluído o abastecimento voltará ao normal.

Agradecemos a compreensão de todos.

As informações são da Loja de Relacionamento da Compesa em Petrolândia.

Blog de Assis Ramalho

IGH de Petrolândia completa 3 anos e comemora com palestra de Edson Mendes, música de João Pernambuco e teatro Telma Rodrigues

Criado em 9 de Julho de 2016, o Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia reuniu diretores, apoiadores e amigos de Petrolândia para uma comemoração dos seus três anos de vida e também homenageou o município de Petrolândia que completa 110 anos.

O encontro foi realizado no dia 5 de Junho no Centro Cultural Hildebrando de Menezes, no auditório Cecídio Rubens, antigo político de Petrolândia, de que foi vice-prefeito, muito querido no município com uma programação de elevado nível e dentro dos princípios que norteiam a criação e a vida deste Instituto que primam em preservar a história e a memória deste município centenário e da região no seu entorno.

De Paulo Afonso ali estavam o presidente da Academia de Letras, professor e escritor Antônio Galdino da Silva, o presidente do IGH Paulo Afonso, historiador e escritor João de Sousa Lima e a professora e geógrafa Marta Tavares, Secretária do IGH Paulo Afonso...

A comemoração dos três anos de criação do IGH de Petrolândia foi fiel aos seus princípios: falar sobre a história deste município e isso aconteceu através de uma palestra realizada pelo pauloafonsino/petrolandense Edson Mendes, das músicas trazidas por Francis Rubens, Sandro Menezes, do canto e da dança de Renata Heli e do teatro Telma Rodrigues, de Jatobá, fundado por Eva Wilma e Antonio Pankararu, que falou das dores dos petrolandenses ao verem sua história, seus valores culturais, as marcas dos seus ancestrais sumirem nas águas da Barragem de Itaparica, que transformaram a centenária antiga Jatobá, a Petrolândia, a cidade de Pedro, em homenagem ao Imperador D. Pedro II, em uma cidade submersa... De vez quando, no tempo das poucas águas, a bela igreja se ergue como um monumento em protesto à destruição da história em nome do progresso...

Edson Mendes, membro da ALPA e do IGH de Paulo Afonso, agora também do IGH de Petrolândia e de outras instituições culturais do Recife e do Brasil não encurtou as palavras para homenagear a terra que o acolheu por quatro anos quando ali trabalhou como gerente pioneiro do Banco do Brasil e onde também dirigiu o time do Independente Futebol Clube de quem lembra de alguns jogadores, um deles um zagueirão chamado Assis Ramalho.

Ao voltar a Petrolândia, a convite da ex-colega do Banco do Brasil, hoje presidente do IGH Petrolândia para fazer a palestra no 3º aniversário dessa instituição, Edson Mendes teve a agradável surpresa de ser entrevistado pelo ex-zagueiro do seu Independente Futebol Clube, Assis Ramalho hoje um dos blogueiros mais conhecidos de Petrolândia e ele estava lá no auditório Cecídio Rubens, gravando tudo... (Veja: www.assisramalho.com.br).


Em sua palestra com o título No Coração do Brasil ou História de Petrolândia – Petrolândia 110 anos – Apontamentos para uma história do Brasil, Edson Mendes levou a todos para uma fantástica viagem às origens desta região ribeirinha do rio São Francisco que seria o grande caminho das águas, o rio da integração nacional, a ligação das terras sertanejas com as serras e planícies do sul e sudeste do Brasil.

Guiados por Edson Mendes os conterrâneos e parentes de Cecídio Rubens e os convidados de Paula Rubens, puderam viajar pelos séculos, desde os primórdios do Brasil, nos tempos das capitanias hereditárias, pelos caminhos percorridos por Agamenon Magalhães, D. Pedro II, Delmiro Gouveia, Hildebrando de Menezes. Todos chegaram à Estrada de Ferro Paulo Afonso e percorreram as terras alagoanas de Mata Grande quando ela se chamava Paulo Afonso e depois foram às usinas hidrelétricas, da Paulo Afonso de hoje, na Bahia para dali, num pulo, se chegar às terras do Povoado Juá...

E tudo ao som das canções de João Pernambuco, Catulo da Paixão Cearense (que era maranhense) e no balanço do xaxado, tido com o ritmo dos cangaceiros de Lampião, eternizado nas canções de Luiz Gonzaga, que ali, no auditório Cecídio Rubens foi ritmado pelos violões de Francis Rubens e Sandro Menezes, e o canto e a dança de Renata Heli.


E Edson Mendes, que foi chamado de filho da região, se declarou neto ou descendente de ancestrais que há séculos tiveram suas raízes nessas terras sertanejas, “o coração do Brasil, esse mesmo coração do Brasil que abriga todas essas grandezas”.


Foi uma tarde admirável de lembranças e encontros. Lembranças, relíquias, que o IGH Petrolândia procura resgatar o que o progresso e a ganância de muitos ainda não conseguiram destruir.


Conhecendo um pouco mais o IGH Petrolândia

Em sintético relatório apresentado na abertura da programação, a presidente do IGH PETROLÂNDIA, Paula Francinete Rubens de Menezes informou que esta instituição “é uma organização voltada para o estudo e pesquisa da História e Geografia de Petrolândia, de modo a oferecer, de forma gratuita, ao poder público, estudantes, professores e ao publico em geral, uma fonte confiável de conhecimento sobre o município, além de garantir a preservação de documentos relacionados à história da região e do Brasil e tem como objetivo preservar a memória e promover estudos para o desenvolvimento e difusão do conhecimento da História, Geografia e ciências a fins, especialmente do município de Petrolândia, assim como atuar em defesa do meio ambiente, da cultura e o seu patrimônio.”

Paula Rubens também disse que “a diretoria do IGH PETROLÂNDIA é a mesma eleita quando de sua criação e está assim formada:

Paula Francinete Rubens de Menezes – Presidente

Antonio Francisco de Lima (Tony) – Vice-Presidente

Maria Lúcia Xavier Feitosa – Secretaria

Ezequiel Carlos de Oliveira – Segundo Secretário

Maria Liduina da Silva – Tesoureira”
“Nesses três anos de existência, o IGH tem realizado pesquisas junto a vários órgãos, entre eles, a UFPE, Arquivo Público Estadual, Fundação Joaquim Nabuco, Instituto Arqueológico Geográfico e Histórico de Pernambuco, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, ONG Museu da Pessoa, além dos arquivos da Prefeitura, Câmara Municipal e Sindicatos locais, que resultaram em vários trabalhos, tais como: Lançamento do Site IGH Petrolândia - Onde estão disponíveis fotos, mapas, publicações e documentos sobre a história de Petrolândia e o Resgate do Pastoril - Pesquisa que resultou na criação do GrupoPASTORIL ESPERANÇA, formado por crianças do Bairro Nova Esperança, local de população carente e desassistida por políticas públicas.” (Acesse o site: www.ighpetrolandia.org) 


Paula Rubens também apresentou projetos permanentes que o IGH Petrolândia vem desenvolvendo:

MUSEU DA PESSOA - Registro da história de moradores de Petrolândia na internet através da plataforma do site WWW.museudapessoa.net, onde relatos, fotos, áudios e vídeos são preservados, de modo que a história da cidade vai sendo contada através da história das pessoas.

MEMÓRIA NA ESCOLA - Realização de palestras e assessoria em projetos escolares que tenham por objetivo levar aos estudantes o conhecimento da história de Petrolândia.

PROJETOS em desenvolvimento:

A HISTÓRIA NA RUA - Pesquisa e registro da história de quem deu nomes às ruas, de modo a permitir o expor a história nas placas de identificação das ruas.

MEMÓRIA DO MOVIMENTO SINDICAL – Levantamento e digitalização e disponibilização em meio virtual do acervo documental e áudio visual do Pólo Sindical do Submédio São Francisco.

FAUNA E FLORA TAMBÉM TEM HISTÓRIA - Levantamento do material existente no Pólo Sindical sobre a fauna e a flora da região antes da inundação.”

Paula Rubens concluiu dizendo que com a sua iniciativa e de um grupo de pessoas preocupadas com o resgate e a preservação da história e da memória da centenária Petrolândia.

“Esperamos com isso estar contribuindo para novos estudos, produções e publicações capazes de lançar luzes sobre a história ” sui generis” da nossa cidade”.

(Acesse: www.ighpetrolandia.org)


O Grupo de Teatro Telma Rodrigues, conta um capítulo especial da história de Petrolândia, uma cidade submersa

Um grupo de senhoras de idade já avançada e de jovens, adolescentes e até crianças, criado na cidade de Jatobá, que herdou o antigo nome de Petrolândia, grupo fundado por Eva Wilma e Antonio Pankararu, chegou ao auditório Cecídio Rubens onde o IGH de Petrolândia se reunia para comemorar os seus três anos de vida.

E esse grupo veio trazer a sua mensagem que, no fundo, era também a mensagem de todos que lotavam este auditório: o sentimento de perda de valores que nem o dinheiro, nem novas terras para plantio, nem casas e cidade novinha pagam. Como a saudade da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, cenário de tantas promessas e orações de gratidão, de tantos casamentos e que, de vez em quando, nos tempos das poucas águas, ressurge, imponente, como um grito contra o progresso desenfreado e a ganância dos homens. (foto: www.assisramalho.com.br)


Petrolândia, a cidade de Pedro, nomeada para homenagear o Imperador D. Pedro II, hoje, também no mês de julho, completa 110 anos e toda essa história, as marcas dos familiares desses que hoje moram na cidade nova ou na nova Jatobá, devem ter ouvido dos seus avós o que falou o Padre Cícero do Juazeiro do Norte. Que um dia, o sertão ia virar mar...

E um dia, chegou o pessoal da Chesf dizendo que a empresa ia dar uma casa nova, um terreno pra plantar e colher, até um bocadinho de dinheiro, uma cidade novinha e que todos precisavam sair porque uma grande barragem foi feita para juntar a água do rio São Francisco e todos precisavam se mudar.

E foi muita água. 11 bilhões de metros cúbicos. Pronto. O sertão virou mar. E o mar das águas do rio São Francisco cobriu as casas, as escolas, as igrejas, as ruas, as roças, os caminhos desse sertão...

Como o trabalho do IGH de Petrolândia é o resgate da história, da memória desse lugar, é oportuno que se dedique esse espaço a esses atores e atrizes que vieram contar a história desses perdas irreparáveis... (Fotos de Antonio Vital Neto)

Por Antônio Galdino
Folha Sertaneja

Acidente entre moto e carro deixa dois mortos e dois feridos em Bom Jardim-PE

Moto ficou destruída depois de acidente que matou dois jovens em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco — Foto: Reprodução/WhatsApp
Carro teve a parte dianteira danificada no acidente em que dois jovens morreram, em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco — Foto: Reprodução/WhatsApp

Duas pessoas morreram e duas ficaram feridas em um acidente envolvendo uma moto e um carro, na noite de sábado (6), na rodovia PE-88, em Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, distante 104 quilômetros do Recife. Segundo informações da Delegacia de Limoeiro, na mesma região, os mortos são jovens que estavam na motocicleta CG 150, que bateu em um Ford Fiesta.

O acidente aconteceu por volta das 20h, em uma área conhecida como Encruzilhada. Ainda segundo a Delegacia de Limoeiro, a moto invadiu a faixa contrária e atingiu o carro de frente. Imagens enviadas para a TV Globo mostram que o carro teve a parte dianteira danificada e o para-brisas quebrado. A moto ficou destruída.

Os ocupantes da moto foram levados para a Unidade Mista Joana Amélia Cavalcante, em Bom Jardim. Segundo o centro de saúde, Marcos Vinícius da Silva, de 20 anos, e um jovem identificado apenas como Rafael, de 25 anos, morreram depois de dar entrada com vários traumatismos, por volta das 21h.

No carro estavam três ocupantes e dois deles tiveram ferimentos leves. A polícia não informou se os feridos, que não tiveram nomes divulgados, precisaram ser levados para o hospital.

O caso foi registrado pela Delegacia de Limoeiro e será encaminhado para a polícia em Bom Jardim. Os corpos das vítimas seguiram para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central do Recife, e vão ser enterrados em João Alfredo, também no Agreste pernambucano.

Por G1 Caruaru

33% aprovam e 33% desaprovam governo, diz pesquisa Datafolha


Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (8) pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL):

Ótimo/bom: 33%
Regular: 31%
Ruim/péssimo: 33%

A pesquisa foi realizada nos dias 4 e 5 de julho com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Em relação à expectativa com o futuro do governo, após seis meses de mandato, 51% esperam que Bolsonaro faça um governo ótimo ou bom; 21%, regular; e 24%, péssimo.

Antes da posse, 65% esperavam que Bolsonaro fizesse um governo ótimo ou bom, contra 17% de regular e 12%, ruim ou péssimo.

Por G1

Petrolândia: Com o auditório do Centro Cultural lotado, a aula espetáculo PETROLÂNDIA 110 ANOS - APONTAMENTOS PARA UMA HISTÓRIA DO BRASIL foi um sucesso de público e crítica








Promovida pelo IGHP - Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia em comemoração aos 110 anos da Cidade e 3º ano de fundação do Instituto, a aula foi apresentada pelo palestrante, escritor e poeta Edson Mendes, mestre pela Fundação Visconde de Cairu, Salvador (BA) , Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e Garanhuns, Secretário da União Brasileira de Escritores, Membro do IGH de Paulo Afonso e Garanhuns, com diversas especializações no Brasil e no exterior, como França e EUA.

O evento aconteceu na tarde de sexta-feira (5) -  no Auditório Cecídio Rubens, no Centro Cultural de Petrolândia

Com o titulo de PETROLÃNDIA 110 ANOS – APONTAMENTOS PARA UMA HISTÓRIA DO BRASIL, a aula foi enriquecida pela música de JOÃO PERNAMBUCO e Luiz Gonzaga tocada e cantada ao vivo por filhos da terra e encerrada pelo espetáculo teatral PETROLANDIA UMA CIDADE SUBMERSA , montada e encenada pela CIA DE TEATRO TELMA RODRIGUES.

O público se manteve atento durante a exposição do palestrante, acompanhou a música cantando junto e foi ás lágrimas durante a apresentação teatral, que levou ao palco até o personagem de Pedro Doido , figura muito conhecida e querida por todos os petrolandenses.

Veja abaixo: vídeo da aula apresentada pelo palestrante Edson Mendes, fotos do evento e a história do IGHPETROLÂNDIA, uma organização voltada para o estudo e pesquisa da história e geografia de Petrolândia.

'Falsos escândalos não me farão desistir', diz Moro em entrevista


O ministro da Justiça, Sérgio Moro, 46 anos, atribui o vazamento de mensagens da força-tarefa da Lava-Jato a um revanchismo combinado com a tentativa de anular condenações e impedir novas investigações. “Muita gente teve os interesses contrariados, pessoas poderosas que se envolveram em corrupção”, disse o ex-juiz em entrevista exclusiva ao Correio. Mesmo na berlinda a partir das críticas de eventual direcionamento eleitoral-partidário da Lava-Jato, o ex-juiz da rejeita qualquer possibilidade de deixar o cargo de ministro: “Falsos escândalos não me farão desistir dessa missão”. Ao todo foram 70 minutos de conversa, divididos em duas partes. A primeira ocorreu na tarde da última quinta-feira, no quarto andar do Ministério da Justiça, e levou cerca de uma hora. A segunda se deu por telefone, na sexta-feira. “As mensagens foram obtidas por hackers criminosos, podem ter sido adulteradas total ou parcialmente, e não foram publicadas a partir do contexto delas.” Questionado se não se reconhece nas gravações, Moro disse: “Pode ter mensagens que tenham ocorrido. Aquela mensagem: ‘Confio no ministro do Supremo’. Qual é o problema em falar nisso? Nenhum”, considerou. “Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens. Eu não tenho esse material.” Em um dos trechos da entrevista, Moro fala sobre as denúncias envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. “A PF está apurando os fatos e deve chegar a conclusões. E à medida que estão sendo feitas as diligências (elas) estão sendo informadas ao presidente.” Depois de uma entrevista de Jair Bolsonaro em que ele falava que teve acesso à investigação, que é sigilosa, uma controvérsia foi instalado. O Ministério da Justiça, em nota, garante que o que foi repassado ao presidente é de conhecimento público.

Em algum momento, o senhor pensou em deixar o cargo depois da revelação das trocas de mensagens da força tarefa da Lava-Jato?
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Achei que esse revanchismo da Lava-Jato tinha se encerrado. Aqui (no ministério) tenho um trabalho e uma missão a ser cumprida, que é consolidar os avanços sobre o combate à corrupção e ao crime organizado. Não vai ser por causa de falsos escândalos que vou desistir dessa missão.


Há forças tentando derrubá-lo?
Em relação ao hackeamento, o responsável tem interesse principal de impedir novas investigações e anular condenações. Não sei se o objetivo é me derrubar.


Sentiu-se agredido na Câmara? O senhor foi chamado até de ladrão.
Parece-me que há um jogo político-partidário e alguns parlamentares se exaltam, mas é uma minoria. Aí foi um desrespeito ao decoro parlamentar. Eu sempre me reportei a todos os parlamentares de maneira respeitosa. É uma questão de educação pessoal.


Está preparado para enfrentar esse período?
Durante a Lava-Jato, sofri muitos ataques, muitas tentativas de desqualificação do meu trabalho. É claro que críticas são sempre possíveis, mas t inha alguns ataques pesados. Quando aceitei o convite, a ideia era consolidar esses avanços no combate à corrupção. Tendo deixado de exercer o trabalho na Lava-Jato, achei que essa parte tinha ficado para trás. De certa maneira, me surpreendeu essas histórias serem novamente revolvidas. Mas, além dos objetivos mais específicos, de anular condenações e impedir novas investigações com esses ataques criminosos, existe um certo nível de revanchismo, no sentido de que muita gente teve interesses contrariados.


Mas há críticas de atores que não estão ligados a partidos ou mesmo a condenados…
É natural haver críticas. Quando aceitei o convite, isso gerou uma série de incompreensões. Eu deixei muito claro qual era o meu objetivo. Trabalhei como juiz por 22 anos. Nos últimos quatro anos da Operação Lava-Jato, o trabalho foi muito intenso e cada dia era uma dúvida se nós conseguiríamos realmente avançar ou se iríamos sofrer alguma espécie de retrocesso, inclusive em nível do Legislativo. Houve tentativas desse nível. Não quero que aconteça o que ocorreu com a Operação Mãos Limpas, em que houve uma virada de mesa pela via Legislativa. Estando no governo, tenho condições de atuar mais nessa área.


O senhor não se reconhece em nenhum momento nas mensagens?
Pode ter mensagens que tenham ocorrido. Aquela mensagem: “Confio no ministro do Supremo”. Qual é o problema em falar nisso? Problema nenhum. Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens. O que eu falei desde o início que surgiu essa situação: apresentem a uma autoridade que possa averiguar de maneira independente a autenticidade desse material. Nas minhas mensagens, se não forem adulteradas, não existe qualquer espécie de irregularidade. Tenho muita convicção do que eu fiz como juiz e sempre me pautei com base na lei e na ética.


Uma frase é atribuída ao senhor “In Fux, we trust”. Tem algum ministro do STF do qual o senhor diria o contrário?
De forma nenhuma. Não me cabe opinar sobre ministros do Supremo. Certamente se houvesse mensagem privada criticando ou ofendendo ministro do STF já teria aparecido.


Como o senhor reagiu às novas re-velações dos diálogos da força-ta-refa da Lava-Jato na revista Veja e no site Intercept?
Com tranquilidade. As mensagens foram obtidas por hackers criminosos, podem ter sido adulteradas total ou parcialmente, e não são publicadas a partir do contexto delas. Numa das mensagens, eu teria dito a um procurador que seria necessária a manifestação dele com urgência sobre um pedido de revogação de prisão preventiva. Isso é absolutamente normal, se é que isso foi feito, e quando se fala nisso é do interesse do preso, porque tem de se decidir logo e a manifestação do MP é necessária. Divulgar isso como se fosse algo ilícito… Para mim, isso é algo absolutamente banal. Tem outra que supostamente eu teria pedido para incluir na denúncia um fato ou uma prova. Se for aos autos, ao fato constante da denúncia, foi provocada uma sentença absolvitória. Então, por que eu faria isso? Pedir para incluir algo para depois absolver? Assim, com todo o respeito à imprensa, além de não ter me consultado sobre as questões, sequer fez uma checagem correta dos fatos.


E em relação ao episódio do ministro Teori em que o senhor teria omitido informações?
Nem me lembro desse episódio. O que consta é inconsistente. O que eu levantei dos fatos, a investigação envolvia um dos diretores da Andrade Gutierrez. Havia uma solicitação de informações do Supremo, eu prestei as informações em 17 de setembro e a revista apresenta mensagens de terceiros do dia 23 de outubro e sugere que eu teria omitido fatos, que havia uma planilha de dados disponíveis e eu teria ocultado. O que deveria ser checado para um bom trabalho jornalístico é quando essa planilha apareceu, quado ela foi apreendida e quando foi colocada à minha disposição. As informações não são consistentes com o os fatos.


O senhor foi contrário à delação do Eduardo Cunha?
A colaboração do ex-deputado que envolvia supostamente pagamentos a pessoas com foro privilegiado nunca passou pelas minhas mãos, nunca passou pela 13ª (Vara). É atribuição do Supremo, da PGR… Como a revista conclui que eu teria interferido se o caso nem estava sob as minhas mãos, e nem sequer havia responsabilidade primária da força-tarefa de Curitiba?


Como o senhor se sente dentro de um governo com personagens direta ou diretamente envolvidos por duas denúncias graves, como o caso do laranjal do PSL e o caso Queiroz?
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Posso mencionar a questão envolvendo supostas fraudes eleitorais de assessores do ministro do Turismo, que está sendo investigada pela PF. A PF tem liberdade, não estou envolvido nas diligências. Estão apurando os fatos e devem chegar a conclusões. E à medida que estão sendo feitas as diligências estão sendo informadas ao presidente.


O que o senhor diria dos comentários feitos por alguns ministros, como Gilmar Mendes?
Não sou censor de ministro do STF... Não cabe ficar opinando sobre quem disse isso, quem disse aquilo. A minha impressão, desde o início quando foi feita essa divulgação (das mensagens), é que houve sensacionalismo extremado.


O Congresso aprovou recentemente a lei de abuso de autoridade. Como o senhor avalia essa lei que está em votação no Congresso?
Foi um projeto de iniciativa popular, do Ministério Público, das 10 medidas de combate à corrupção. Na Câmara, sofreu alterações significativas. Não se pode afirmar que se trata do mesmo projeto que entrou. Foi ao Senado e vai voltar para a Câmara. Nós vamos analisar o texto final. Espero que se trate o tema com a devida ponderação e oportunamente virá ao Executivo que deverá decidir o que fazer, sanção ou veto.


Tem algum ponto que o senhor aponte que significa um retrocesso?
Não vi ainda o texto final aprovado no Senado. O que me disseram é que houve uma amenização de alguns termos, mas acho que é uma questão que precisa ser analisada muito ponderadamente. Claro que ninguém compactua com abusos praticados por qualquer autoridade, mas tem que se tomar muito cuidado para que uma eventual regulação não possa servir como uma forna de intimidação a juízes, procuradores e policiais que cumprem o seu dever.


Nas manifestações de rua, há um bo- neco do senhor de super-homem. O senhor se considera um herói?
Não. Eu sempre refutei esse rótulo de herói ou protagonista exclusivo ou principal da Lava-Jato. Em todas as minhas manifestações sobre o tema sempre destaquei que o mais relevante da Lava-Jato é a verificação de amadurecimento das instituições. Certamente pessoas fazem diferente. Pessoas diferentes constroem instituições mais fortes. Vários processos já percorreram todas as instâncias. Escrevi recentemente um artigo num livro que envolve artigos tanto de magistrados brasileiros como de italianos e um aspecto que destaquei foram algumas decisões relevantes do Supremo: a execução de pena em segunda instância, a proibição de doações eleitorais por parte de empresas e, mais recentemente, a limitação da extensão do foro privilegiado. Foi uma conquista institucional. De certa maneira também as cortes de justiça não decidiriam dessa forma se não houvesse uma demanda da sociedade por maior integridade, por menos corrupção.


Em relação a doação de empresas, já tem gente no Congresso querendo o retorno dessas doações. O senhor acha que funcionou o sistema de financiamento das eleições?
Poxa, essa é uma pergunta um pouco difícil pra mim porque não participei de nenhuma eleição.


Mas o senhor é citado como possível candidato à Presidência da República...
Não tem nenhuma base real.


O senhor não seria candidato?
Nem se tem que falar nesse assunto nesse momento. Acabamos de sair de uma eleição presidencial. Seria uma discussão absolutamente antecipada. Meu compromisso foi assumir aqui o MJ como um técnico. É o que imagino que esteja fazendo.


Esse movimento todo em torno da Lava-Jato, esse boneco inflável do Super-homem, aplausos na rua e essa mobilização do PT contra o senhor não o coloca como um possível candidato anti-PT?
Tem uma frase em latim: gloria mundi sic transit (toda a glória do mundo é transitória). Essas questões são efêmeras, passageiras.


Algumas pessoas interpretaram as declarações do presidente Bolsonaro falando da reeleição dele como uma tentativa de frear um certo protagonismo do senhor…
Sou aliado do presidente Bolsonaro. Aceitei um convite, e o convite foi feito com uma pauta convergente. Temos que ser duros contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Não existe qualquer disputa entre nós dois.


Como o senhor avalia a relação Lava-Jato com a economia e as críticas de quebradeira das empresas de engenharia civil?
Há um equívoco básico nessa crítica. O que comprometeu a produtividade e eficiência da economia brasileira, além de decisões de planejamento econômico equivocadas, foi a disseminação de práticas de corrupção. Aquela avaliação pretérita, que muitos falavam, “Ah, a corrupção pode ser em países em desenvolvimento uma espécie de graxa, e não areia”, é algo absolutamente ultrapassado no cenário mundial, nos estudos sobre a corrupção. No fundo, a corrupção é claramente areia. Ela impacta a eficiência de qualquer empresa. E, num nível disseminado, pode impactar até mesmo a eficiência da nossa economia, porque gera custos mais elevados e leva os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas sob o ponto de vista de qual seria a melhor decisão para nós termos um avanço. De todo o modo, vamos colocar assim: eu era um juiz criminal. No direito brasileiro, no processo penal, só respondem as pessoas físicas. Então, não houve nenhum processo criminal contra essas empreiteiras. Em relação à área cível, o Ministério Público e, depois, a Advocacia-Geral da União e a Controladoria Geral da União celebram diversos acordos de leniência com essas empresas. O que podia ser feito para preservar, dentro da nossa ordem jurídica, essas entidades corporativas, foi realizado. Mas vamos lembrar que essas empresas demoraram muito a reconhecer que haviam se envolvido em práticas criminosas. Talvez, fosse o caso, e isso seria relevante, de pensarmos em alguma fórmula, de colocar na nossa legislação a possibilidade de, realmente, uma transferência do controle acionário de empresas grandes que se envolvam em corrupção.


Na fase de investigações e deliberações sobre medidas cautelares, como deve ser a relação do juiz com o MP?
O procurador chega para o juiz e pede: “Quero requerer a prisão preventiva do fulano X”. Às vezes, existe uma sondagem e o juiz pode dizer: “Para ter prisão preventiva tem que ter uma prova forte”. No fundo, o juiz não precisa nem falar isso, está no Código, é normal. Assim como chega um advogado e diz: “Ó doutor, quero defender a absolvição do meu cliente. Às vezes, faz uma sustentação oral, e às vezes, tem uma interlocução entre juiz e advogado. E, eventualmente, isso pode influenciar depois na argumentação que o advogado vai colocar. Isso é algo absolutamente corriqueiro. Nas supostas mensagens que foram divulgadas não existe qualquer espécie de conluio. O que existe é um sensacionalismo, que foi colocado como se tivesse um comandante em chefe da Lava-Jato. Não existe nenhuma situação dessa espécie ali dentro dessas mensagens, aliás, os dados objetivos são no sentido de indeferimento de várias das medidas e absolvições. Agora, no caso do Brasil, o juiz da ação penal é também o que trabalha na fase de investigação. Nessa fase, existe uma dinâmica maior entre os personagens ali envolvidos, polícia, juiz e o Ministério Público. Temos essa tradição jurídica no Brasil. O que tem que ser verificado é se tem algo ali de antiético e ilegal.
Em relação à procuradora citada num dos trechos divulgados, o senhor reconhece em algum momento a crítica em relação a ela? Essa é uma distorção que tem sido colocada. Veja, esses fatos ocorreram há três, quatro anos. Não me lembro se fiz alguma crítica. O que vejo na mensagem que foi explorada com absoluto sensacionalismo, algumas afirmações jornalísticas que eu teria solicitado a substituição. Não existe nada na mensagem nesse sentido.


Então, mesmo naquele trecho, o senhor acha natural?
Se for autêntico, não tem nada de ilegal ou antiético.


É possível um juiz ser totalmente imparcial, dentro de uma caixinha, sem ser contaminado por
convicções pessoais, culturais, família, amigos?
O que define a imparcialidade é o juiz decidir conforme aquilo que se encontra nos autos, com base na prova e na lei. Um juiz nunca pode se despir da condição de ser humano e dos valores que ele carrega. Mas ele sempre vai decidir com base na lei e nas provas. Essa é a questão da imparcialidade. Evidentemente, o juiz vai formando a sua convicção com o tempo, no decorrer do processo. Ele não é um ser estranho que vai chegar somente no momento da sentença. O que define a imparcialidade é o juiz estar sempre disposto a mudar de opinião até o final do processo, porque novas provas e novos argumentos podem ser apresentados. Então, assim, ele nunca é um super-humano. Carrega seus valores, mas tem que estar vinculado à prova, à lei, e, até proferir a sentença, à possibilidade de mudar de opinião em relação ao que viu antes. Isso foi feito no processo muito claramente, até pelo percentual, um número de mais de 20% de absolvições. E aqui temos que acrescentar o fato de que são decisões que já passaram por várias instâncias e, normalmente, têm sido mantidas.


Em que momento o senhor ficou convencido de que o ex-presidente Lula recebeu o apartamento no Guarujá como propina?
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Não vou comentar sobre casos específicos. Em geral, o juiz finaliza a sua convicção no momento da sentença. Ainda que ele tenha prévios entendimentos em relação à matéria, a hora de sentar, colocar no papel, escrever, argumentar, é o momento de construção racional. É o momento em que o juiz faz uma reconstrução das provas e faz uma avaliação: “Essas provas são ou não são suficientes para uma condenação criminal? Ou vai absolver? O juiz pode até ter uma ideia, mas que só se confirma ou não no momento da sentença.


O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso, em entrevista ao EM/Correio, diz que é preciso descobrir quem tinha interesse em afastar o senhor. Quem seria?
Foi instaurada uma investigação pela Polícia Federal. A minha impressão, vendo todo esse episódio, é que iniciou com ataques aos procuradores. Depois, sucedido por uma tentativa de intrusão no meu aparelho celular. Tendo começado o ataque pelos aparelhos dos procuradores, me parece mais um ato, realmente, contra a operação Lava-Jato, do que necessariamente contra a minha pessoa. Claro que, no caminho, as coisas podem alterar, a depender do peso que se dá a uma coisa ou outra. Considerando essa cronologia, me parece que foi um ataque à Lava-Jato. Nessa perspectiva tem duas opções: anulação de condenações já exaradas, de pessoas que praticaram crimes de corrupção, ou, que talvez seja até pior, impedir a continuidade das investigações. Eventualmente, o responsável pode ser algum investigado que não foi ainda atingido por uma decisão judicial, de condenação ou prisão, que esteja querendo obstruir a ação da Justiça e do MP.


O senhor estava nos EUA conhecendo a experiência de combate ao tráfico nas fronteiras quando ocorreu o episódio do transporte de 39kg de cocaína num avião da FAB. Causou constrangimento?
Não existe qualquer vínculo desse ato criminoso com qualquer agente político. O que tem que ser feito, e é o que está sendo feito, é uma investigação capitaneada pela própria Justiça Militar, já que foi praticado por um militar, e identificar se há outros responsáveis por esse fato. Se tem, são todos criminosos. Foi um incidente infeliz, pelas circunstâncias, mas as consequências estão sendo extraídas. Esse indivíduo está preso, na Espanha. Provavelmente, será condenado a uma pena elevada, e se vai realizar uma investigação para verificar se tem uma quadrilha de criminosos envolvida.


Carlos Bolsonaro tem responsabilizado o general Heleno por falhas na segurança. Preocupa ver o filho do presidente numa guerra com o chefe do GSI?
O general Heleno não tem nada a ver com esse episódio. Ocorrido o episódio, lamenta-se, mas tem que apurar as responsabilidades e isso não afeta qualquer agente político do governo.


Já é possível afirmar se havia outras pessoas envolvidas?
Sobre investigações em andamento não cabe comentário. Tem aquela famosa frase: Sherlock Holmes não consegue descobrir o crime se Moriarty ficar atrás dele o tempo todo, sabendo o que ele está fazendo.


Como senhor avalia ficar vinculado a um grupo político, mesmo como ministro da Justiça?
Aceitei o convite para compor o ministério com um plano específico. E compartilhamos as decisões do ministério, as políticas públicas com o presidente Bolsonaro. Evidentemente, temos uma proximidade e não existe nada errado. Sou ministro escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro.


O senhor esteve em partida de futebol com o presidente no Mané Garrincha. Chegou a temer vaias?
Poderíamos ter sofrido vaias. Na verdade, o que ocorreu foi uma manifestação de aprovação. O que considero realmente importante são as minhas ações de agir com correção. A minha avaliação, me parece que é a avaliação geral, é a de que eu agi com base na lei e na ética. Então, nessas circunstâncias a aprovação é natural.


O tribunal das redes sociais o incomoda?
Nas redes sociais há um certo consenso que muitas vezes as pessoas se excedem. Afirmações que não fariam diretamente, pessoalmente, em outros contextos, acabam sendo realizadas. Mas sinceramente não me preocupo com essas questões. Tenho atualizado o Twitter, relutei, mas tenho usado como forma de transmissão de informações das políticas públicas que estão sendo realizadas no ministério. As redes são importantes, mas não afasta o papel da imprensa. É claro que a gente tem de olhar as redes sociais porque são pessoas se manifestando, mas não significa que o que ocorre ali é determinante.


A investigação sobre a divulgação dos diálogos é vista por alguns como um ataque à imprensa...
De forma nenhuma, nós respeitamos a liberdade de imprensa. Não houve qualquer tentativa de censura. Fiquei com a impressão de que na primeira semana o site em questão queria que fosse feita uma busca e apreensão para evocar o malvado governo Bolsonaro, o malvado governo Moro, numa ação para intimidar a imprensa, mas não houve nada disso. Ao contrário, a manifestação foi: “Olha, eu tenho absoluta correção no meu procedimento e, se tem essas mensagens, e elas não foram adulteradas, divulguem tudo. Mas sem sensacionalismo.

A Lava-Jato foi sensacionalista?
Não, a Lava-Jato foi embasada em fatos e provas de um sistema de corrupção que comprometeu a integridade das nossas principais empresas. O que é sensacional é a dimensão que a corrupção atingiu, mas ali os fatos falam por si. Não houve da parte dos agentes públicos envolvidos uma colocação dos fatos de uma forma diferente do que eram na realidade.


O protagonismo e a exposição de procuradores chegaram a ser criticados inclusive por ministros do STF. Não houve exageros?
Não os vislumbro com facilidade. Temos de lembrar que falamos de uma investigação que dura mais de cinco anos. E sempre que aparecia uma operação ou algo parecido havia uma grande demanda da imprensa por informação. E o que eu via os agentes públicos fazendo era basicamente prestar essas informações.


O que é preciso aprimorar para o combate à corrupção mais efetivo?
Temos de nos preocupar com as tentativas de retrocesso. Porque o enfrentamento da grande corrupção contraria o interesse de poderosos. É uma ilusão pensar que não vão ocorrer essas tentativas. Temos de assegurar que o navio não volte ao porto. Por exemplo, a própria questão da segunda instância. É fundamental a decisão do STF que no fundo representa colocar o ponto final de um processo num prazo razoável, não se tornar aquele processo que se eterniza, mas chegam a um término dentro de um prazo razoável. Mas a gente não pode estar satisfeito em apenas evitar retrocessos. E isso inclusive foi um dos propósitos que me levaram a aceitar virar ministro. Temos de pensar em avanços. Temos o pacote anticrime. Nós acreditamos nesse projeto e achamos que a aprovação dele seria um salto relevante no enfrentamento do crime organizado.


Esse projeto está demorando?
É uma questão do tempo do Congresso, mas acredito que será aprovado num tempo breve, logo depois da reforma da Previdência.


Qual foi a decisão mais difícil envolvendo o ex-presidente Lula?
A Lava-Jato não se identifica com um processo contra um criminoso específico. No fundo o que foi identificado foi um sistema de corrupção e havia muitas pessoas envolvidas, como por exemplo os vários diretores da Petrobras presos. Isso não havia ocorrido antes no país, embora sempre existissem suspeitas de malversação. Houve também os empresários que pagavam sistematicamente vantagens indevidas em contratos públicos. O caso do ex-governador do Rio (Sérgio Cabral), embora seja um caso repartido com a Justiça Federal do Rio, nós também tivemos a prisão e condenação dele em Curitiba. O mais relevante para mim foi a revelação desse sistema de corrupção, foi mostrar que a impunidade da grande corrupção tem solução, que é a aplicação da lei. Às vezes há alguma confusão. Quem decretou a prisão do ex-presidente foi o TRF 4, não fui eu. Eu cumpri a decisão. Como juiz executor da ordem, apenas concedi a ele, porque achava razoável, dada a complexidade em executar aquela medida, um prazo de 24h para ele se apresentar.


O MP, ao tentar barrar a entrevista da Folha de S.Paulo com o ex-presidente Lula, não tentava interferir diretamente na eleição presidencial?
Não participei daquelas conversas, não sei se são autênticas. O que eu particularmente penso é que qualquer direito para ser reconhecido pode ser levado para todas as pessoas universalmente na mesma condição? Então, por exemplo nós temos aqui recolhido no presídio federal de Brasília o líder do PCC. Claro, há uma distância muito grande entre o ex-presidente e o líder do PCC. Mas ele tem direito de dar entrevista também?


Mas Marcola já deu entrevista…
Acho errado. Quando eu era juiz de execução no presídio federal de Catanduvas (PR) teve pedidos de entrevistas de alguns presos extremamente perigosos, líderes do Comando Vermelho, eu neguei porque acho inapropriado.


O sonho do senhor sempre foi o Supremo?
Não. Primeiro não tem vaga no Supremo. Sempre vai haver vaga porque os ministros se retiram, agora acho inapropriado discutir vagas no STF quando não há vaga.


Mas o próprio presidente citou essa questão...
Hoje eu sou ministro da Justiça e da Segurança Pública e o meu foco é realizar esse trabalho. Surgindo essa vaga, não sei se serei convidado, e caso convidado, não sei se aceitarei porque serão outras circunstâncias. Agora, é uma posição ambicionada por muitas pessoas, até porque é instituição muito admirada. O próprio presidente esclareceu. Eu nunca estabeleci condição para vir ao ministério e assumir uma vaga no Supremo. Não seria sequer apropriado. Eu falei isso no passado, o presidente talvez se sinta com esse compromisso e externou dessa forma, mas eu posso assegurar com absoluta veracidade que nunca houve uma condição dessa espécie.


Se a segunda turma do STF anular a condenação do ex-presidente Lula, o senhor acredita que poderá desacreditar a Lava-Jato?
Acho que o Supremo tem de decidir conforme as provas e a lei. O STF foi chamado sobre isso antes do recesso e a maioria decidiu que não havia plausibilidade. Agora, as decisões do STF só cabem ao STF.


Não sendo candidato a presidente ou ministro do Supremo, o senhor vai advogar?
Faria que nem o Luke Skywalker (personagem da série cinematográfica Star Wars). Sumiria por 20 anos e voltaria no episódio 8.

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Divulgação/Clínica e Laboratório Jaques

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Por Jornal Folha de S. Paulo