Catadores em lixão (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
"Como o papa Francisco fala na recente encíclica sobre “O Cuidado com a Casa Comum –
Laudato Sí', um consistente documento socioambiental, o nosso papel como cidadão (ã) é crucial", escreve Sucena Shkrada Resk, jornalista e autora do Blog Cidadãos do Mundo, em artigo publicado por EcoDebate, 21-09-2015.
Eis o artigo.
A discussão sobre a gestão dos resíduos sólidos no Brasil revela a fragilidade que vivemos em nosso país. A Política Nacional (Lei 12305, de 2010), que veio com um arcabouço importante, foi perdendo força com o passar do tempo, em vários aspectos, por causa da ineficiência do modelo de governabilidade que vivemos. As questões de infraestrutura vão sendo empurradas para depois.
Dia 2 de agosto do ano passado, hipoteticamente, seria uma data para que passássemos do Brasil dos lixões para oBrasil dos aterros sanitários. A realidade, no entanto, está longe disso. O Senado acaba de prorrogar, por mais uma vez, o prazo para que os municípios cumpram seu papel, que já havia sido prorrogado até agosto deste ano. Mais da metade ainda não cumpriu o dever de casa. A pauta seguiu para a Câmara.
Com a atual proposta, as cidades e capitais metropolitanas poderão encerrar seus lixões até 31 de julho de 2018. Já as que têm mais de 100 mil habitantes, até 31 de julho de 2019. As menores com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, terão um ano a mais. E as com população inferior a 50 mil, só no mesmo mês em 2021.