Em Jatobá, no Sertão de Pernambuco, vários pré-candidatos já despontam no panorama das próximas eleições de 2020. Além da prefeita e provável candidata a reeleição, Goreth Varjão, o atual vice-prefeito Eder Rodrigo, os vereadores Zé Dantas e Neném do Hospital, o ex-vice-prefeito Nestor Soares, o empresário Nivaldo Júnior, o ex-prefeito Robson e o funcionário da Chesf, Rogério Ferreira, são outros nomes que poderão compor chapas no próximo ano.
Para falar sobre o cenário político da vizinha cidade, o vice-prefeito do município de Jatobá, Éder Rodrigo, esteve em Petrolândia, onde foi entrevistado, ao vivo, pelo radialista e blogueiro Assis Ramalho, no 'Acordando com as Notícias', programa transmitido pela Web Rádio Petrolândia. A entrevista aconteceu no dia em que Jatobá completou 24 anos de emancipação política, em 28 de setembro. Na conversa, Éder criticou a gestão da prefeita Goreth Varjão que, segundo ele, faz "um governo sem projetos e sem planejamento".
O vice-prefeito é servidor público federal desde 2006, com passagens pelo INCRA e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, filiado ao PRB. Na entrevista, Éder justificou sua provável candidatura em possível disputa com a atual prefeita, “por discordar da condução da atual gestão da prefeita Goreth. ''Desde o início do governo, resolvi romper politicamente e fazer oposição". Segundo ele, "o município de Jatobá precisa urgentemente de um modelo de gestão pública inovador e moderno, capaz de criar condições que estimulem a geração de emprego e renda, além de prestar serviços públicos essenciais com qualidade. Não vi nada disso na atual gestão. Por isso coloco meu nome à disposição como pré-candidato a prefeito para 2020, lembrando que a oposição possui outros nomes qualificados que terão o meu apoio, caso não seja eu o escolhido. O importante é que a oposição tenha maturidade e serenidade, necessárias para formar uma grande coalizão em prol do município", disse (o vídeo da entrevista está disponível no fim desta matéria).
Veja alguns tópicos da entrevista;
Sobre os motivos do rompimento com o grupo da prefeita Goreth Varjão, ele alegou falta de espaço para desenvolver seus planos e agregar ideias ao modelo de governo.
''Não consegui ter uma participação que eu imaginaria que iria ter. Sei das limitações do cargo de vice, mas eu pensei que a gente conseguiria fazer um trabalho de união para a gente, nos quatro anos, andar de mãos dadas. Mas, no processo de formação de governo, muitas coisas eu não tive acesso, não participei da fase de transição e tudo isso foi gerando uma avaliação pessoal minha, dizendo qual era o meu papel quando vice. Ainda tentei por diversas vezes buscar espaço, mas percebi que não tive espaço nenhum. Para que você tenha uma ideia, no primeiro escalão eu não indiquei sequer um secretário na formação de governo, então desde o início eu não tive espaço. Não sei qual foi a avaliação que eles tiveram, mas eu fui alijado do processo de governar. E aí, ainda passei quase um ano buscando o governo, me oferecendo para participar, mas, infelizmente, vi que não tinha espaço e aí eu rompi com eles'', desabafou Eder.
Perguntado se estaria decepcionado, ele afirmou que sim.
''Muito, muito (decepcionado). por que a gente avaliava que iria fazer um trabalho realmente de progresso, de desenvolvimento da cidade, mas, infelizmente, não é isso que Jatobá vem presenciando'', explicou.
Para o vice-prefeito, gestão de Goreth Varjão é de um governo sem planejamentos e sem projetos.
''Eu desafio a chegar alguém (na prefeitura) e dizer 'olha eu quero um projeto aí (de qualquer pasta). vocês não têm dinheiro - se alega muito que o município não tem dinheiro -, então eu quero um projeto de tal área. Mas eles não têm, por falta de planejamento. É um governo sem planejamento e sem projetos'', declarou o vice.
Perguntado se ainda aceitaria concorrer eu uma chapa como vice-prefeito, ele praticamente descartou a possibilidade.
''A princípio, não tenho interesse em (concorrer para) ser novamente vice. Mas, se for em prol de um bem maior, eu encaro novamente. Mas, eu não tenho essa pretensão. Eu posso até não sair candidato. O importante, no momento, é a gente construir um projeto e oferecer para a sociedade, independendo de ser eu, fulano ou sicrano. O município tem que estar acima de todos e de tudo", enfatizou Éder.
Sobre e a escolha da chapa majoritária do grupo a que ele se uniu vai ser por meio de pesquisa, Éder deixou claro que a pesquisa é apenas um item a ser considerado.
''Acho que é uma conjugação de fatores (que vai determinar a escolha). Acho que a pesquisa ela dá um norte, que vai ser utilizado para a gente escolher um nome", disse Eder.
O vice-prefeito encerrou a entrevista com uma declaração de amor ao município de Jatobá.
Veja abaixo a íntegra da entrevista em dois vídeos