O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao Jornal da CBN 2ª edição nesta quinta-feira e manteve o tom de ataques ao seu concorrente na disputa, Jair Bolsonaro, do PSL. Haddad disse que o deputado ficou 28 anos na Câmara ‘destilando ódio’. Ele ainda citou o caso do capoeirista morto em Salvador, dizendo que Bolsonaro não fez um gesto para a família da vítima, atingido por 12 facadas por um suposto apoiador do candidato do PSL. ‘Não fez uma ligação’, criticou. Haddad diz que o problema do seu rival ‘é que ele não se controla’.
O candidato do PT ainda aumentou o tom das críticas ao assessor econômico da campanha de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, considerado um dos principais mentores do seu oponente. ‘Não quero um banqueiro no Ministério da Fazenda, como o Paulo Guedes. O Paulo Guedes especulou a vida inteira. Não entende de geração de empregos. Ele entende de juros’.
O petista ainda admitiu que tem mantido conversas com o PSDB e, indiretamente, com o ex-presidente Fernando Henrique. Ao ser questionado se, afinal, deseja o apoio de FHC, ele foi lacônico: ‘Isso é um tipo de construção. O bom é a gente ir se aproximando para construir um entendimento do que seria isso’. Haddad também mantém conversas com o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, filiado ao PSB: ‘Estive com o Joaquim Barbosa ontem. Ele disse que ficará reservado, mas que quer ajudar o Brasil’.