Na região de Feira de Santana, a primeira epidemia da febre ocorreu a partir de setembro de 2014, e os efeitos são sentidos até hoje.
O pesquisador Carlos Brito, primeiro a levantar a hipótese de relação entre zika e microcefalia em Pernambuco, continua preocupado.
Apesar da chegada do inverno, quando diminuem os ataques do mosquito Aedes aegypti - transmissor de dengue, zika e chikungunya -, ele aposta que as doenças continuarão sendo a principal fonte de problemas para o governo do presidente interino Michel Temer.
E o impacto maior pode vir de onde menos se espera.
Segundo Brito, cientista da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e membro do Comitê Técnico de Aboviroses do Ministério da Saúde, onde atua como consultor, a dispersão da febre chikungunya pelo Nordeste tem deixado um rastro de adultos e idosos com dores crônicas graves que sobrecarrega os serviços de saúde, já impossibilitados de atender a demanda normal.