Oficialmente afastado de entidades que tiveram problemas com a Justiça, o diretor da Faculdade Anchieta, do Recife, Gedalias Pereira, continuaria ocupando funções de gestão nas instituições de onde havia saído, além de ter parentes à frente de outras empresas implicadas. Pereira foi ouvido como testemunha pela CPI das Faculdades Irregulares - em andamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) - nesta quarta (23), que pretendeu esclarecer a participação do depoente na proliferação de cursos superiores ofertados ilegalmente no Interior do Estado.
Investigada por oferecer cursos suspeitos em pequenas cidades, a Faculdade Anchieta tem como controladora Edilaine Batista Rodrigues, com quem Gedalias Pereira confirmou ter dois filhos. Pereira negou ter participação societária na instituição, mas atestou ser dono da Faculdade Anchieta de Palmares – uma outra empresa que, no entanto, tem sede no mesmo endereço. O irmão do depoente, Darley Pereira, é proprietário da empresa de cobranças Proex Nordeste, que aparece no material de divulgação de vestibulares para a Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), igualmente investigada. Por fim, Márcia Maria da Silva Campos, a quem a testemunha considerou “como mãe”, é sócia majoritária da União das Instituições para o Desenvolvimento Educacional, Religioso e Cultural (Uniderc), com sede em Caruaru, no Agreste, cujos programas de pós-graduação foram suspensos pela Justiça Federal.