Livro "Guerreiros do Sol" completa 30 anos com a façanha de ter redefinido a visão até então predominante sobre o cangaço - um fenômeno complexo e essencial para explicar a região. Três décadas depois, as múltiplas facetas do tema se estruturam em duas correntes de pensamento pelas quais o papel histórico do cangaceiro oscila entre o de bandido e herói
Há 30 anos, o historiador recifense Frederico Pernambucano de Mello resolveu romper com a tradição acadêmica e alterar o rumo de como o fenômeno social nordestino vinha sendo estudado até ali. Naquela época, o tema, segundo ele, era entregue a muitos preconceitos e visões apaixonadas. Era hegemônica uma visão engajada, acostumada a interpretar o cangaço como fenômeno econômico, fruto da opressão do coronel sobre o cangaceiro. Isso foi derrubado por terra mediante pesquisas de campo.
Assim surgiu a primeira edição de Guerreiros do sol - Violência e banditismo no Nordeste do Brasil(A Girafa, 520 páginas, R$ 55). Para marcar as três décadas da primeira edição, a Academia Pernambucana de Letras realiza evento comemorativo no próximo dia 9 de novembro, às 16h.
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