Fátima Pelaes, do PMDB Mulher, evangélica em "defesa da vida e da família tradicional", foi indicada para a Secretaria da Mulher no governo interino de Temer.
Em 2010, quando Dilma Rousseff assumiu a Presidência como a primeira representante feminina no posto mais importante do país, a expectativa das mulheres era grande.
Esperava-se que a ex-ministra da Casa Civil pudesse ser a voz que elas não tinham em Brasília - já que, no Congresso, a participação feminina beirava os 10%.
Cinco anos e meio depois, Dilma se despediu do Planalto ao menos temporariamente e deixou um legado que, para ativistas e cientistas políticas, "foi bom, mas poderia ter sido melhor".
Especialistas ouvidas pela BBC Brasil citaram principalmente avanços na questão do combate à violência doméstica, da representatividade na política e da independência financeira da mulher.
As maiores críticas ficaram por conta de dois temas polêmicos: os direitos reprodutivos e a questão da diversidade sexual.