Benjamim Guimarães interrompe navegação no Norte de Minas e prejudica turismo na região
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) reduz hoje a vazão da represa da Usina Hidrelétrica de Três Marias para 150 mil litros por segundo, ante a média superior a 500 mil litros por segundo. O resultado é a diminuição considerável do volume nos municípios localizados depois da represa. Em Pirapora, primeira cidade ribeirinha no curso do Rio São Francisco, a queda na vazão significa risco para a navegação. “As pedras podem comprometer o casco do vapor”, afirma o secretário municipal de Turismo, Anselmo Rocha. Ele afirma que até o início do período chuvoso é inviável fazer o passeio com segurança. “É preciso rezar para chover muito nas cabeceiras”, diz o secretário sobre a possibilidade de o vapor voltar a navegar até o fim do ano.
Enquanto o vapor estiver parado, a prefeitura deverá fazer reparos, substituindo as partes de madeira da roda propulsora, entre outros componentes. Construído em 1913, o histórico Benjamim Guimarães, único movido a vapor de lenha em atividade no mundo, é outra vítima da seca que afeta o Rio São Francisco e seus afluentes.