O juiz Sérgio Moro afirmou, nesta terça-feira, que aceitou o convite feito pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para ser ministro da Justiça para dar continuidade ao trabalho que vinha fazendo de combate à corrupção. Ele negou que a nomeação para a pasta tenha ocorrido devido à compensação pela atuação no julgamento do ex-presidente Lula. O petista está preso desde 7 de abril, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Isso não tem nada a ver com o processo do ex-presidente Lula. Ele foi condenado e preso porque ele cometeu um crime e não tem nada a ver com as eleições”, afirmou. Essa foi a primeira vez que o juiz falou com a imprensa sobre seu cargo como ministro.
Ainda de acordo com Moro, as especulações de que as condenações dadas por ele ao petista acabaram chegaram ao seu conhecimento, mas, ao avaliar a situação considerou que sua intenção de combate à corrupção, discutida com Bolsonaro, deveria ser o norte. “Não posso pautar minha vida com base numa fantasia ou em um álibi falso de perseguição política”, afirmou.
Convite para o ministério