Esboço de acordo que cita presidente e seus sucessores deve ser discutido nesta semana (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
Quando o advogado do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sentar-se, ainda nesta semana, diante de representantes da Procuradoria Geral da República (PGR), estarão sobre a mesa papéis que podem garantir mais um abalo de grandes proporções na já conturbada atmosfera política de Brasília. Segundo apurações realizadas por diversos órgãos de comunicação nos últimos dias, entre dezenas de nomes que devem ser implicados na delação premiada que o peemedebista negocia, estarão o do presidente Michel Temer (PMDB), e de dois integrantes de sua linha sucessória: os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Juntos deles estarão mais de 50 políticos, incluindo senadores, deputados e ministros. Alguns, de grande importância na sustentação do cada vez mais frágil mandato de Temer. Na mira de Cunha estão, por exemplo, os peemedebistas Moreira Franco e Eliseu Padilha, além do líder do governo no Senado, Romero Jucá.