A medida é uma confirmação do que se discutiu na última reunião de avaliação dos efeitos da vazão reduzida, realizada na sede da ANA, em Brasília (DF), no dia 25 de novembro. No entanto, o indicativo de uma defluência ainda menor causa preocupação ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O presidente do colegiado, Anivaldo Miranda, sempre tem se colocado crítico da medida.
O secretário executivo do CBHSF, Maciel Oliveira, argumenta que a possível redução na vazão causará impactos ambientais e econômicos ainda maiores para o rio. Ele lembra que o exato período em que se projeta a vazão de 800m³/s coincide com o da piracema, ou seja, época em que os peixes sobem os rios até suas nascentes para desovar. “Nesse período, os peixes precisam de mais água. Se recebem menos, a reprodução cai muito. Será mais um problema social para os pescadores, que podem ficar praticamente sem pescar”, alerta.