Especialistas apontam que risco de racionamento no segundo semestre é alto se as águas de março não chegarem e o nível dos reservatórios continuar caindo
Depois de dois meses de seca, o governo espera receber um alento de São Pedro neste mês, o último do chamado período de chuva. Se as águas de março não chegarem e o nível dos reservatórios continuar caindo, o risco de racionamento de energia no segundo semestre é alto, apontam analistas.
Em abril, começa no Sudeste o período seco, em que o volume de precipitação diminui. Treze anos após o racionamento de 2001, o sistema está mais robusto, garantem especialistas. Mais usinas térmicas, que não dependem de condições climáticas, foram construídas. O consumo maior, porém, reforça o temor de racionamento.
A chuva em janeiro e fevereiro ficou em 54% e 39% da média histórica, respectivamente. O índice de fevereiro é o segundo pior para o mês em 84 anos, e o de janeiro foi o terceiro pior. Para março, o Operador Nacional do Sistema Elétrico projeta quantidade de água equivalente a 67% do habitual no período.
Diretor-executivo do Grupo Safira, Mikio Kawai Jr. Critica algumas decisões tomadas pelo governo nos últimos anos, como redução do tamanho dos reservatórios construídos, o que acentua a dependência da boa vontade de São Pedro.