Senador Aécio Neves foi citado na acareação (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Em acareação na CPI da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa não pouparam ninguém e voltaram a acusar políticos do PSDB, do PP, do PMDB e do PT de integrarem o esquema de corrupção da estatal.
Segundo os dois delatores da Operação Lava Jato, o ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) estariam entre os beneficiários do desvio de recursos.
Costa e Youssef disseram que Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para “abafar” uma CPI para investigar irregularidades na Petrobras,em 2009. Segundo Youssef, o dinheiro foi pago pela empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas pela Lava Jato.
Youssef voltou a afirmar que Aécio Neves recebeu recursos desviados de Furnas quando ainda era deputado federal. Segundo o doleiro, o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010 e condenado no processo do mensalão, contou que operava um esquema de corrupção dentro de Furnas e que Aécio seria um dos beneficiários. “Eu confirmou (a participação) por conta do que eu escutava do deputado José Janene, que era meu compadre”, disse Youssef, que também fez essas mesmas declarações ao Ministério Público durante as investigações da Lava Jato. De acordo com Youssef, Aécio recebia o dinheiro “através de sua irmã”.