Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
Em registros de contabilidade apreendidos pela Polícia Federal na Operação Acarajé e divulgados, a construtora Odebrecht cita repasses eleitorais de 2012 a políticos que não se candidataram àquele pleito. As informações foram analisadas por "Aos Fatos", que cruzou os dados da lista, em parceria com o UOL, com registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As planilhas revelam que parte significativa da contabilidade se refere à campanha de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. Nesses documentos, aparecem registros de valores de até R$ 500 mil em nome de políticos como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento), o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e até o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que não se candidata a cargos eletivos há quase 15 anos. Nenhum deles disputou as eleições para as quais esses valores seriam destinados.