Depois do tempo atrás das grades, a diarista encontrou uma luz no fim do túnel ao enviar um bilhete à defensora pública Alessa Pagan Vieira. A servidora estava em uma fiscalização de rotina no pavilhão feminino da penitenciária em outubro de 2021, quando recebeu um pedaço de papel enviado por Fabiana. Na mensagem, um pedido de ajuda. "Fiz o habeas corpus ao TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), foi negado, fiz ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), também foi negado, e chegou ao Supremo", contou a diarista que mencionou o fato de ser mãe de uma criança de cinco anos, que devido à prisão, ficou aos cuidados da outra filha, também menor de idade.
Presa em 27 de julho de 2021, Fabiana foi liberada, com a ajuda de Alessa, da Penitenciária de Uberlândia em 19 de novembro, devido um habeas corpus concedido pelo ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ocorrido causou grandes perdas para a diarista, as oportunidades de trabalho sumiram e ela foi abandonada pelo marido. “Tinha muita faxina. Agora ninguém me dá serviço. Perdi tudo. A roupa que tenho foi comprada por meu ex-marido", relatou ao jornal Folha de S. Paulo.