Foi em 2010, na Conferência Internacional sobre os Sete Saberes Necessários à Educação do Presente, que o filósofo francês Edgar Morin traçou os ideais da Educação Transformadora. Embasado em seu pensamento holístico, Morin defendeu uma educação pautada no desenvolvimento da compreensão e da condição humana, na cidadania planetária e na ética do gênero humano. Visão que daria aos indivíduos potencial para enfrentar as múltiplas crises sociais, econômicas, políticas e ambientais que colocam em risco a preservação da vida do planeta.
Menos de dez anos depois desse registro, é fácil perceber sua relação com nosso cotidiano. São poucas as mentes capazes de entender que a classe social não define o caráter de uma pessoa, que a liberdade é muito mais valiosa que o dinheiro ilícito, que a religião deve ser fundamentada em tolerância e respeito, e que o planeta é um bem finito e como tal, deve ser bem cuidado. Para enxergar tudo isso, é preciso ir além. Mudar modelos mentais. Transformar a educação para assim, transformar a sociedade.