Na avaliação de Elmir Marques Gonçalves Filho, coordenador executivo da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), o mais importante no debate foi a apresentação de soluções com prazos. Ele destacou, como uma das questões que mais interessa à indústria, a flexibilização das relações trabalhistas. “Não que se reduza o que os trabalhadores conquistaram, mas que o que for fruto de negociação com os trabalhadores [seja acatado pela Justiça]”, defendeu.
O empresário mostrou-se a favor, ainda, da ampliação das atividades que podem ser terceirizadas. “[Do jeito que está] é muito rígido. Vamos supor que você tem uma empresa da construção civil. Tem uma obra, choveu e atrasou o cronograma. Você não pode contratar uma empresa terceirizada que ajude a cumprir o cronograma. Hoje não se permite terceirizar atividade-fim”, comentou.
A flexibilização das relações trabalhistas faz parte das questões consideradas importantes pela CNI, que informou ter encaminhado os 42 estudos aos candidatos à Presidência da República. O ponto também é visto como crucial pelo empresário Cláudio Bier, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). “O principal foco é essa relação trabalhista. Está muito difícil para as empresas, principalmente as médias e pequenas”, disse.