Especialista aponta que 60% dos prefeitos de capitais e cidades de grande porte de todo o Brasil não devem se reeleger em outubro deste ano.
Não só a presidente Dilma Rousseff (PT) está na corda bamba este ano. Prefeitos de todo o Brasil que vão tentar a reeleição em outubro encontram cenário adverso, com baixa arrecadação, obras paradas ou inacabadas, promessas não cumpridas e, o mais desalentador, a falta de uma luz no fim do túnel. Diante desse complicado enredo, 2016 torna-se campo fértil para o crescimento das oposições. Especialistas que acompanham as movimentações políticas apontam que, no Brasil, 60% dos prefeitos não devem se reeleger.
O tempo é propício para oposição justamente em cidades de médio e pequeno porte, cuja arrecadação ainda é dependente dos repasses federais e que não têm receitas próprias. O eleitor, nessas regiões, tende a centralizar a cobrança na figura do prefeito, ponta de lança da gestão. O discurso, muitas vezes fácil e promissor da oposição, acaba convencendo o votante, com o argumento de que em 2017 a situação vai melhorar, apesar de economistas apontarem que o desfecho da crise econômica não tem data.
Com base em análises de pesquisas pré-eleitorais, o analista político Maurício Romão avalia que a oposição está com grande possibilidade de aumentar o número de prefeitos. Numa breve retrospectiva, Romão recorda-se das duas últimas eleições municipais. Em 2008, diz ele, a tendência dos prefeitos era pela continuidade. Lula estava no segundo mandato e a economia ia bem.