sexta-feira, outubro 10, 2014

Frases do dia 10/10/2014: Coletânea IHU Online


Prendendo a atenção do eleitor

"O deputado federal mais votado em Goiás foi o Delegado Waldir (PSDB). Ele recebeu 274 mil votos. Para que os eleitores memorizassem o seu número, 4500, ele repetia na TV: “Vote 4500, 45 do calibre do revólver e 00 das algemas” - Ilimar Franco, jornalista - O Globo, 09-10-2014.

Saco cheio

"Toda época de campanha é sempre o mesmo cenário. Começam a levantar denúncias, que nem precisam ser provadas. É só insinuar. Quando insinua, a imprensa dá destaque, as revistas publicam e a televisão divulga o tempo inteiro. Estou de saco cheio. Estou cansado, é todo ano a mesma coisa. Daqui a pouco estarão investigando como é que nos portávamos dentro do ventre da nossa mãe" – Lula, ex-presidente da República – Valor, 10-10-2014.

Trem em funcionamento

"A partir de segunda-feira precisa de um comitê central. Temos que ter um local de referência, para que o pessoal possa xingar os dirigentes quando faltar o material. Temos até segunda-feira meu caro para colocar o trem em funcionamento" – Lula, ex-presidente da República – Valor, 10-10-2014.

Sem entender

"Agora no primeiro turno, fui com o Padilha em vários locais, e a gente não tinha nem caminhão de som. Fui a São Miguel Paulista e nem eu entendia o que eu falava" – Lula, ex-presidente da República – Valor, 10-10-2014.

Falta de interesse e Marina

"O nível de interesse pela eleição foi baixo durante boa parte da campanha. Talvez pela Copa do Mundo, que foi aqui, o interesse tenha começado mais tarde. Na verdade, mais de 50% passaram a dizer que se interessavam depois que Marina entrou na campanha. Interpretamos isso como a influência ainda das manifestações de junho de 2013 associadas à ideia de que os candidatos postos não representavam esse desejo de mudança. Quando ela entrou, os eleitores pensaram que ela poderia atender a essa expectativa. A chegada de Marina diminuiu pela metade o número de eleitores que diziam não saber em quem votar" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Baixíssima

"Ninguém vota pensando no partido. Só no candidato. A identificação partidária dos eleitores brasileiros é baixíssima. Os candidatos mudam de partido a cada hora, portanto as pessoas não consideram isso" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Insegurança

"O problema com Marina é que o eleitorado começou a sentir insegurança nela mesma: "Falou isso, agora voltou atrás. Falou aquilo, agora voltou atrás. Como assim?" Teve também a maneira como ela se posicionou diante dos ataques, que passou fragilidade. No imaginário, o presidente da República é alguém forte, firme" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Clivagem

"Outro ponto foi o fato de que o Brasil, há três eleições [desde a reeleição de Lula em 2006], tem uma clivagem social muito forte, o país fica bem dividido. Em 2002, Lula teve uma votação muito homogênea no Brasil. O escândalo do mensalão começou a dividir o eleitorado. Sul e Sudeste votando no PSDB e Norte e Nordeste, no PT. Em 2010, Dilma herdou esse eleitorado e, agora, o Brasil continua dividido em vermelho e azul. Mas, quando começou o mandato, ela conquistou esse eleitorado. As manifestações tiraram esse eleitor dela e ele nunca mais voltou" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Lula, o padrinho

"No caso do ex-presidente Lula, sim: 40% dos eleitores declaram que o apoio dele aumenta a vontade de votar em um candidato. Esse índice é o dobro do de outros possíveis apoiadores.
No segundo mandato de Lula a economia cresceu muito. A variação da renda média familiar ficou acima da variação do PIB, começamos a caminhar para o pleno emprego. Quando os eleitores elegeram Dilma, eles tinham o desejo de continuidade dessas conquistas. Ela foi eleita para continuar o caminho que fora trilhado por Lula. O que os eleitores pensavam: "A economia está estabilizada e dentro de casa está tudo bem, temos TV, geladeira, carro. Mas fora de casa está ruim. Eu não consigo ser atendido no posto médico; quando preciso de segurança, não sei se volto para casa; não tenho educação de qualidade para os meus filhos" - - Márcia Cavallari, CEO do Ibope, respondendo à pergunta "os padrinhos ajudam?" - Valor, 10-10-2014.

Junho de 2013

"Aí vieram as manifestações de "educação padrão Fifa", "saúde padrão Fifa", "segurança padrão Fifa". O que os eleitores querem? Que o país avance sem perder o que já conquistaram: "Não quero perder nada, quero mais. E não vem falar que a economia está estagnada". A economia é sempre o item mais importante na eleição presidencial" -Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Junho de 2013 - 2


"O problema é que elas (as jornadas de junho de 2013) não tiveram um líder. O ganho delas foi perdido. O eleitor, sem isso, começou a avaliar o cardápio de candidatos pensando qual deles teria mais condições de fazer o país ou o Estado avançarem. Não teve renovação política. O que pesou foi a proposta" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Corrupção? Faz parte da política

"Nosso eleitor já tem o pressuposto de que a corrupção faz parte da política. Portanto, nesse aspecto, não existe um candidato melhor do que o outro. As denúncias de corrupção, em muitos casos, são tão complexas que o eleitor médio tem dificuldade de entendê-las. A denúncia aparece, some, a mídia não fala mais. Existem atos concretos. Por exemplo, se aparecer um candidato pegando dinheiro, isso será muito ruim para ele" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Se roubar, mas faz...

"Nesse caso (do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, filmado recebendo dinheiro que seria de propina e, no entanto, aparecia como favorito nas pesquisas), aconteceu que o governador Agnelo Queiroz fez uma gestão tão mal avaliada que tudo passou a ser relativo. O eleitor dizia: "O outro [Arruda] estava roubando, mas estava fazendo". Agnelo, junto com a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalva, aparecia como um dos piores governadores. Arruda era bem avaliado. O crivo da corrupção não é tão linear. O eleitor ainda pensa: "Se ele roubar, mas fizer alguma coisa para mim, estou ganhando mais do que com um que não rouba" - Márcia Cavallari, CEO do Ibope - Valor, 10-10-2014.

Fonte: IHU Online

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