Uma apoiadora de Bolsonaro criticou, no famoso cercadinho do Planalto, o governo do Pará, comandado por Helder Barbalho (MDB), que estaria cobrando o certificado de vacinação e "restringindo a liberdade" das pessoas. "Eu falo da minha linha: jamais fechei um botequim. Eu jamais vou exigir o passaporte de vacina de vocês. Imaginem se tivesse o [Fernando] Haddad (PT) no meu lugar? Agora, não queiram que a gente resolva todos esses problemas, eles [governadores] estão com autoridade para tal", afirmou Bolsonaro em tom de ironia. E prosseguiu: "Agora, por ocasião das eleições, cobra a posição do cara de como vai ser o comportamento desse possível candidato no futuro".
Na terça-feira, o presidente fez duras críticas à adoção de um passaporte vacinal no país. Durante cerimônia de assinatura dos contratos do leilão no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo comparou a medida a uma "coleira" e chegou a afirmar que "prefere morrer a perder a liberdade".
Um dia após endossar essa fala de Bolsonaro, o ministro Marcelo Queiroga afirmou ontem que o direito à vida e à liberdade são indissociáveis. "O Estado brasileiro consagrou a dignidade da pessoa humana como princípio básico da nossa democracia, então, o direito à vida e o direito à liberdade são indissociáveis. Vida e liberdade. A defesa da vida desde a sua concepção", disse o cardiologista, ao indicar que o Sistema Único de Saúde (SUS) é uma ferramenta fundamental para que esses direitos sejam implementados.