Segundo testes encomendados pelo governo federal, fosfoetanolamina teve desempenho desanimador contra doença localizada no pâncreas e pulmão, além de melanomas.
A fosfoetanolamina, conhecida como "pílula do câncer", teve mais um resultado negativo na série de testes encomendada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O trabalho, divulgado nesta sexta-feira (17), mostrou que a substância não é capaz de combater câncer de pâncreas e melanomas nem em alta concentração. O composto também mostrou desempenho desanimador em células de câncer de pulmão.
Feito com fosfoetanolamina produzida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), trata-se do sétimo estudo com resultados pouco animadores sobre o potencial da substância no tratamento do câncer. A reportagem apurou que o resultado foi considerado tão desanimador que, em reunião realizada com o grupo de especialistas no MCTI, foi sugerida até a interrupção dos trabalhos.
A proposta, no entanto, não foi aceita. Parte dos integrantes do grupo considera necessária a realização de outros estudos para indicar se a fosfoetanolamina tem de fato algum tipo de ação no organismo. "Pode haver até uma ação anti-inflamatória ou analgésica. Mas os trabalhos mostram que, para os tipos de câncer avaliados até agora, ela não é eficaz", afirmou um integrante do comitê, sob condição de anonimato.