Quinze dias é o prazo que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) conferiu, em comum acordo, à Secretaria Estadual de Saúde (SES), Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTEC), Universidade de Pernambuco (UPE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) para que, juntos, adotem medidas visando à regularização dos estoques dos medicamentos que se encontram em falta no HUOC, especialmente no Centro Oncológico. O prazo passou a contar a partir da última quarta-feira (15), quando da audiência promovida pelas 11ª e 34ª promotoras de Justiça de Defesa da Saúde da Capital, Maria Ivana Botelho e Helena Capela.
Participaram da audiência o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa; secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lúcia Melo; reitor da UPE, Pedro Falcão; diretor do HUOC, dr. Bento Júnior Bezerra Neto; gerente do Centro Oncológico do HUOC, dra. Carla Barreto, além dos médicos oncologistas Eduardo Miranda e Luiz Alberto Mattos, e representantes da PGE, da Comissão de Direito e Defesa da Saúde da OAB-PE.
O diretor do HUOC, dr. Bento Bezerra, informou que não há atraso do repasse das verbas pagas pelo Ministério da Saúde, mas o que há é uma defasagem desse valor para o que realmente se gasta por mês no HUOC. O secretário estadual da Saúde também reforçou a existência de um deficit de financiamento entre o que a SES recebe e do que ela precisaria repassar para as unidades hospitalares de alta e média complexidade, a exemplo do HUOC. Na reunião, foi debatida a necessidade de uma outra fonte regular de receita, uma vez que os hospitais de alta e média complexidade não estão conseguindo se manter exclusivamente com recursos do Sistema Único da Saúde.