A crise hídrica que enfrentamos pode ser a grande oportunidade para repensarmos nossos hábitos e construirmos uma nova convivência social.
A região metropolitana de São Paulo terá de enfrentar daqui para a frente, e provavelmente durante alguns anos, mudanças radicais de hábitos em relação ao uso da água. Não é exagero afirmar que nada será como antes: tomar banho, lavar louça, dar descarga, escovar os dentes. Mas não só isso. Indústria, comércio e agricultura – setores que mais consomem esse recurso – também precisam trabalhar contra o desperdício. E governos, preparar-se melhor para enfrentar os desafios da gestão desse recurso estratégico para a própria vida de qualquer lugar.
Já sabemos que toda forma de vida deste planeta precisa de água. Ela é também essencial para o desenvolvimento socioeconômico. Mas é um recurso finito e distribuído de maneira desigual entre países e entre regiões.
A água cobre dois terços da Terra, mas apenas 25% desse volume são de água doce, a maior parte congelada em geleiras. Assim, só 1% da água doce existente é adequado ao consumo humano e está distribuído em rios, lagos e lençóis subterrâneos de difícil acesso.