Os dados estão no levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgado hoje (24). Para o professor e psicólogo Luciano Santana Lopes, que cursa doutorado na Universidade de Brasília e é especializado em atividade física e educação, hábitos estabelecidos na infância refletem na idade adulta. "É uma questão cultural mesmo. Os meninos são incentivados desde muito cedo pelos professores a participar atividades físicas, principalmente as coletivas, ao passo que as meninas são constantemente direcionadas para um lado mais social, com bem menos exercício físico."
“Fazer exercício significa uma qualidade de vida melhor e uma quantidade de vida maior”, defende Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. O médico assegura que praticar esportes traz diversos benefícios. “A saúde vai melhorar. Praticando atividade física, as pessoas vão ter menos pressão alta, colesterol mais controlado, menor risco de diabetes, mais disposição para o lazer e para o trabalho. As pessoas dormem melhor e acordam dispostas com menos depressão, menos alterações psicossomáticas. Também controlam o peso melhor, esse controle faz com que a sobrecarga do envelhecimento seja menor para as articulações, principalmente nos membros inferiores, o que diminui as dores articulares.”