Foi lançada, nesta segunda-feira (14), em Brasília, a pré-candidatura à Presidência da República do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Na ocasião, o nome da ex-senadora Marina Silva (PSB) também foi confirmado como pré-candidata à vice. Nos discursos, ambos procuraram mostrar sintonia, lembraram suas trajetórias de vida e investiram nas críticas ao governo Dilma Rousseff (PT). "Quero dizer a você, Eduardo, que nestes seis meses nós fomos nos encontrando. Nestes seis meses, começamos a fiar juntos a força autêntica da mudança que não quer voltar atrás", proferiu a ex-senadora.
Ao discursar, Eduardo Campos lembrou o processo das Diretas Já, afirmando que "a renovação política se fez importante desde aquela época". A economia, alvo das críticas mais contundentes do socialista à Dilma, também foi assunto do discurso dele. Eduardo disse que "o Brasil está economicamente estagnado desde 2010". Ele se referiu indiretamente à presidente, declarando que "o Brasil precisa de mais do que um gerente, mas como um líder que sabe dialogar com o povo".
Eduardo Campos fez reclamações, ainda, sobre a falta de debate político nas eleições de 2010 e enalteceu a força eleitoral de Marina Silva que, na ocasião, levou a disputa para um segundo turno. "Nós vimos uma mulher com a voz mansa, com um minuto de televisão levar a campanha ao segundo turno. Mas o Brasil não foi discutido em 2010. O discurso era de quem prestava e quem não prestava, era sobre religião... e aí, o Brasil foi perdendo o seu rumo estratégico, seu fundamento, seu marco econômico e, por três anos, o povo brasileiro foi perdendo a crença de um Brasil melhor", disse o socialista. Em 2010, Eduardo Campos integrava a base de apoio da presidente Dilma Rousseff. O PSB rompeu com o PT somente no segundo semestre de 2013.