Celebrada por Lula como exemplo da prosperidade trazida pela transposição do rio São Francisco, dona de restaurante hoje amarga prejuízo de R$ 60 mil e se diz deprimida por não ter como pagar contas
A reportagem é de Daniel Carvalho, publicada no jornal Folha de S. Paulo, em 07/12/2013.
Resumo
Em outubro de 2009, o então presidente Lula citava Eliane Lisboa, 39, de Floresta (PE), como exemplo da prosperidade motivada pelas obras da transposição do rio São Francisco. "Ela já montou empresa e serviu até 400 refeições por dia", disse ele. Quatro anos depois, a paralisação e a lentidão nas obras mudaram tudo. Endividada, ela mantém uma estrutura mínima à espera da retomada das promessas do governo.
Trabalhava na roça e vendia coxinha e pastel para uma escola. Era coisa pouca.
O Exército chegou aqui em 2007. No outro dia, pedi ao coronel permissão para vender pastel. Peguei R$ 50 emprestado com um afilhado. À tarde, já estava vendendo pastel e refrigerante a R$ 1. Apurei R$ 35. Fiquei feliz.
Abri o restaurante em 2008. Todas as empresas da transposição passaram por aqui. Servia 27 refeições por dia. Cheguei a 400 em 2009.
Em outubro de 2009, o então presidente Lula citava Eliane Lisboa, 39, de Floresta (PE), como exemplo da prosperidade motivada pelas obras da transposição do rio São Francisco. "Ela já montou empresa e serviu até 400 refeições por dia", disse ele. Quatro anos depois, a paralisação e a lentidão nas obras mudaram tudo. Endividada, ela mantém uma estrutura mínima à espera da retomada das promessas do governo.
Trabalhava na roça e vendia coxinha e pastel para uma escola. Era coisa pouca.
O Exército chegou aqui em 2007. No outro dia, pedi ao coronel permissão para vender pastel. Peguei R$ 50 emprestado com um afilhado. À tarde, já estava vendendo pastel e refrigerante a R$ 1. Apurei R$ 35. Fiquei feliz.
Abri o restaurante em 2008. Todas as empresas da transposição passaram por aqui. Servia 27 refeições por dia. Cheguei a 400 em 2009.