Os reservatórios sofrem com os fantasmas da crise hídrica desde 2013, quando se iniciou o processo de restrição das vazões mínimas (Foto: Ascom CBHSF)
Entre as proposições apresentadas está a prática de um hidrograma ambiental para a gestão dessas represas. Ou seja, será necessária reservar uma parcela da água para o meio-ambiente, como se fosse um usuário.”Se quisermos levar em consideração o meio ambiente, nós temos que primeiro identificar o que é o ecossistema, quais são as suas demandas e necessidades. No momento em que estamos discutindo alocação da água, é preciso analisar também alocação para esse ente invisível”, avalia Yvonildes Medeiros, hidróloga e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Outra demanda sugerida foi o estabelecimento de mecanismo que quantifique as vazões no rio São Francisco, publicitando regulamente a quantidade de água que é retirada da bacia, um dado até então desconhecido pela grande maioria dos especialistas. Estudos indicam que as licenças para outorgas de reserva de água são superiores ao que de fato é consumido na bacia.