sábado, abril 19, 2014

Portuguesa diz que não disputa a Série B


A Portuguesa organizou neste sábado sábado uma entrevista coletiva no Canindé para explicar a confusão ocorrida na noite desta sexta-feira, quando a equipe abandonou o gramado durante a partida contra o Joinville, em Santa Catarina, válido pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Ao lado de Ilídio Lico, presidente do clube, o advogado da equipe paulista, José Luiz Ferreira de Almeida, afirmou que a equipe entrou em campo por respeito a todos os envolvidos com a partida, mas resolveu abandonar a partida para cumprir uma ordem judicial.

Se não tivesse deixado o campo, diz o advogado da Portuguesa, o clube poderia ter sido alvo de uma queixa-crime do torcedor Renato de Britto de Azevedo, autor da ação judicial omitida pela 3ª Vara Cível de São Paulo, que devolveu a equipe palista para a elite.

- A Portuguesa vai voltar para a Série A. Isso é definitivo e é o que acreditamos. Só cumprimos a determinação da CBF de entrar em campo pela Série B, mas sabíamos que o jogo seria anulado. A partir do momento em que o torcedor iria entrar com uma queixa-crime contra a CBF e contra a Portuguesa, entendemos que o time deveria sair de campo. Fizemos isso baseado em uma ordem judicial. E ordem não se contesta, se cumpre. A liminar vai ser mantida e a Portuguesa não vai jogar mais a Série B, porque é ordem judicial. Se for cassada, aí é outra história - afirmou o advogado.


Almeida também deixou claro que a CBF já sabia da liminar que ainda está em vigor e dava à Portuguesa o direito de disputar a Série A do Brasileiro. Por não obter um posicionamento da entidade que comanda o futebol brasileiro, a equipe entendeu que o melhor a se fazer seria comparecer à partida.

- A Portuguesa pediu à CBF para que a partida fosse adiada, tendo em vista que uma ordem judicial deixou definitivo em matéria liminar que a Portuguesa estaria na Série A, como está até hoje. A Portuguesa não recebeu resposta, esperou ontem (sexta-feira), durante o dia, que alguma coisa fosse dita pela CBF. Nada foi dito. Em função do respeito ao futebol brasileiro, em respeito à cidade de Joinville e à sua torcida, à torcida da Portuguesa e aos telespectadores decidiu entrar em campo - declarou o advogado.

Em seguida, Almeida contou que a diretoria da Portuguesa somente optou por retirar o time do gramado devido à ameça do torcedor de que entraria com uma queixa-crime.

- A realidade da coisa é que a Portuguesa simplesmente atendeu a uma ordem judicial e a um pedido de seu torcedor, que se entendeu ferido e, com todo direito, ameaçou entrar com uma queixa-crime contra a Portuguesa e a CBF. A Portuguesa não é parte do processo, é beneficiária de uma ordem. A Justiça entende que a Lusa está na Série A.

Neste sábado, o advogado da CBF no caso e também presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, disse que a equipe paulista pode até ser rebaixada para a terceira divisão se não jogar a Série B. Ele disse que a liminar do torcedor do clube deve ser cassada na terça-feira. A CBF também ameaça denunciar a Portuguesa e cobrar reparação de danos.

- A Portuguesa vai perder os pontos, obviamente vai perder. Certamente terá de pagar uma bela de uma multa, e ainda corre o risco de eliminação do Campeonato. E aí teria de jogar a Série C em 2015. Mas não acho que será preciso chegar a isso.

Fonte: Jornal O Globo

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