Registros são da base cartográfica feita pelo Exército Brasileiro. Acima, imagem de 2003 mostra o curso do rio, em azul, passando por entre a vegetação, em verde. Abaixo, imagem de 2014 mostra o assoreamento do rio no trecho destacado em lilás. É possível ver também um canal no canto inferior esquerdo, que não existia em 2003. (Foto: Reprodução/Base Cartográfica)
A reportagem é de Abinoan Santiago e publicado por G1, em 27-07-2015.
Imagens inéditas divulgadas com exclusividade para o G1 mostram o tamanho do assoreamento na foz do rio Araguari, o que fez com que o fenômeno da pororoca fosse extinto. O aterramento causado pela abertura de canais ao longo do rio, somado à atividade pecuária nas margens causaram, segundo especialistas, o fim de um dos fenômenos naturais mais conhecidos do estado. Os registros fazem parte da primeira fase concluída da Base Cartográfica do Amapá feita peloExército Brasileiro.
As imagens mostram em detalhes que restou apenas um pequeno canal de água no meio do rio Araguari, próximo ao Oceano Atlântico. As manchas lilases, por exemplo, representam o assoreamento. Os registros são de 2014 e foram feitos com radares.
A imagem impressiona quando comparado ao mapa registrado por satélite, em 2003. É possível ver que a largura do rio Araguari ainda está toda coberta pela água, o que possibilitava a formação da pororoca, fenômeno resultante do contato do rio com o oceano ao Leste do Amapá.