Especialista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) alerta sobre o aumento preocupante de tumores de colo do útero, neoplasia que mata anualmente cinco mil brasileiras; Diagnóstico precoce pode evitar em 80% dos casos os riscos de metástases e outras complicações pela doença
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A preocupação acerca dos crescentes índices da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV.
Mais comum tipo de infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva a população feminina. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% dessas brasileiras irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.